Agenda cheia no Brasil

Semana começa com agenda cheia no Brasil. Tivemos a dívida em relação ao PIB apresentando leve aumento, passando de 59,6% para 59,9%, além disso, houve um déficit de R$ 22,8 bilhões para o mês de agosto, por fim, a taxa de desemprego apresentou leve redução, passando de 7,8% para 7,9%. Para hoje teremos o IPC-Fipe, o Boletim Focus, o PMI industrial, o índice CAGED de empregos e a Balança Comercial, o que promete trazer bastante volatilidade para o dia.

Por outro lado, nos EUA, tivemos a inflação vindo abaixo do esperado, algo positivo. O PMI, por outro lado, que mede o nível de atividade econômica, veio bem mais fraco do que o consenso imaginava e a confiança do consumidor veio um pouco abaixo do esperado. Para hoje teremos o PMI industrial e outros dados referentes ao setor da indústria.

Na Europa tivemos o PIB do Reino Unido vindo em linha com o esperado, além de investimentos das empresas acima da projeção. Além disso tivemos a inflação na França vindo abaixo do esperado, algo positivo. Por fim, a taxa de desemprego na Alemanha veio em linha com a expectativa e a inflação para a Zona do Euro como um todo veio abaixo do consenso. Para hoje teremos os dados dos PMI industriais da Espanha, França, Itália, Suíça e Alemanha. Além disso, teremos a divulgação da taxa de desemprego para a Zona do Euro e alguns índices de inflação de imóveis no Reino Unido.

Por fim, na Ásia tivemos o PMI industrial da China vindo em linha com o esperado, crescendo em relação ao mês anterior. Por outro lado, o PMI de serviços veio abaixo do esperado, apresentando redução relevante em relação ao mês anterior. Para hoje não teremos dados relevantes sendo divulgados devido a feriados nos países mais importantes do continente.

Empresas

A Petrobras (PETR4) anunciou que conseguiu a licença do Ibama para perfurar os poços de petróleo na Margem Equatorial. Assim, a perfuração começará em outubro e a estimativa é de que existam mais de 2 bilhões de barris de óleo nas reservas, o que pode trazer um desenvolvimento relevante para as regiões Norte e Nordeste.

Já a Vale (VALE3) firmou um acordo no valor de R$ 25 milhões para estruturar e atualizar seus planos de ação emergencial ligados às barragens. De acordo com a empresa, o acordo reforça o compromisso de garantir a segurança das pessoas e do meio ambiente.

A Pague Menos (PGMN3) concluiu um aumento de capital no valor de R$ 332 milhões, de acordo com a diretoria, o objetivo é de readequar e reduzir a dívida, além de aumentar a capacidade de abertura de novas lojas, que a companhia havia desacelerado.

Por outro lado, a Rede D’Or (RDOR3) aprova um pagamento de JCP no valor de R$ 416,3 milhões e uma emissão de R$ 500 milhões em debêntures com prazo até 2031. O pagamento é equivalente a R$ 0,185 por ação e terá como objetivo utilizar os benefícios que esse tipo de remuneração fornece, mas logo em seguida captando caixa para que não haja problemas maiores em relação ao seu endividamento.

Para mais detalhes das empresas, incluindo a recomendação e os preços alvo, acesse os relatórios no app da DV ou no site Blue Academy caso seja um cliente Blue.

Análise Técnica Mercado Interno

O Ibovespa encerrou o último pregão, no dia 29, com uma alta de 0,72%, confirmando a maior probabilidade de uma correção do movimento de baixa observado desde o dia 15 de setembro no gráfico diário.

Dentro do contexto de curto prazo, em que o índice ainda se encontra dentro de um cenário baixista, é importante ficarmos atentos à faixa de resistência entre 117.290 e 117.845. Isso se deve ao aumento da possibilidade de ocorrer uma reversão do atual movimento de alta.

Se o índice voltar acima de 117.845, isso criará uma expectativa de maior indefinição. Embora a semana tenha terminado com um aumento de 0,48%, não conseguiu ultrapassar a média de 10 períodos no gráfico semanal. Do ponto de vista técnico, nessa periodicidade, é mais provável que tenhamos uma semana seguinte de baixa.

Análise Técnica Mercado Externo

O S&P 500 encerrou o pregão mais recente (29) com uma queda de 0,27%, respeitando o primeiro nível de resistência do gráfico diário, localizado em 4.328.

Apesar da queda, o movimento do gráfico diário ainda é de alta, mantendo a possibilidade de testar outros níveis de resistência, como a média móvel de 10 dias. Essa expectativa será revertida caso o índice oscile abaixo de 4.238 pontos. Em termos de resistência, o desafio mais significativo está entre 4.375 e 4.402.

Na semana, a queda foi de 0,74%, ainda havendo espaço no gráfico semanal para buscar níveis mais baixos de suporte, como em 4.195 e 4.170.

Análise Técnica Dólar

O dólar encerrou o último pregão (29) praticamente estável, registrando uma variação de -0,05%. Isso após testar e respeitar uma região de suporte proporcionada pelos topos anteriores do gráfico diário (GD).

O cenário de curto prazo para a moeda americana ainda é positivo, principalmente enquanto se mantiver acima dos 5.000 a 4.987 pontos.

Por fim, na semana, houve uma alta de 1,85%, aumentando a expectativa de buscar novos níveis de resistência, como em 5.083 e 5.111. A superação da máxima da última semana ampliará essa perspectiva.

Analistas responsáveis

Dalton Vieira – Analista CNPI-T

Mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro.

Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910).

Credenciado pela Apimec desde 2010.

Desenvolvedor do método DV de investimentos.

Renato Reis – Analista CNPI-P com foco em fundamentos

Analista de valores mobiliários (CNPI-P EM-3580) credenciado pela Apimec.

Formado em Ciências Econômicas pelo Ibmec BH.

Já atuou com Fusões e Aquisições e hoje é responsável por toda a área de análise fundamentalista dentro da empresa.

Disclaimer

De acordo com a Resolução CVM nº 20, de 25 de fevereiro de 2021, Art. 21º, declaro que as análises realizadas neste relatório refletem única e exclusivamente a opinião dos autores, e foram elaboradas de forma independente e autônoma.

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