Confiança dos consumidores atinge maior nível desde janeiro de 2019
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Confiança dos consumidores atinge maior nível desde janeiro de 2019
25 jul 2023•Última atualização: 21 junho 2024
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE subiu 2,5 pontos em julho, para 94,8 pontos, o maior nível desde janeiro de 2019 (95,3 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice sobe pelo quarto mês seguido, agora em 2,7 pontos, para 91,8 pontos, informou nesta terça-feira (25) a Fundação Getulio Vargas, FGV.
“A confiança do consumidor sobe pelo terceiro mês seguido impulsionada principalmente pela melhora das expectativas futuras. A alta foi disseminada entre os diferentes quesitos da pesquisa, com destaque para os Indicadores de Situação Econômica Geral e Situação Financeira Futura da família", afirmou em nota Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
A economista ainda resgatou que os resultados refletem o arrefecimento da inflação, a recuperação da renda do trabalho e as expectativas quanto ao início de programas voltados para a quitação de dívidas.
"Atualmente, o maior obstáculo para a recuperação mais robusta da confiança do consumidor parece ser o cenário de endividamento e inadimplência, agravado pelos juros elevados, refletidos, por exemplo, no Indicador de Situação Financeira das Famílias, que ainda se mantém em nível bastante insatisfatório”, finalizou.
Em julho os dois índices-componentes do ICC avançaram. O Índice de Expectativas (IE) subiu 3,4 pontos, para 107,4 pontos, o maior desde janeiro de 2019 (108,5 pontos); o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,1 ponto, para 76,8 pontos, mantendo-se no patamar anterior ao início da pandemia de Covid-19 (80,9 pontos em fevereiro de 2020).
Entre os indicadores que medem as expectativas dos consumidores para os próximos meses, a maior influência para a alta do IE foi dada pelo que mede o grau de otimismo com a evolução da situação econômica local, que registrou uma alta no mês de 5,5 pontos, alcançando 123,9 pontos, maior nível desde fevereiro de 2019 (126,2 pontos).
O indicador que mede as perspectivas sobre as finanças familiares nos meses seguintes subiu 3,7 pontos, para 105,0 pontos, devolvendo parte da queda do mês anterior.
O otimismo foi menos expressivo no quesito que mede o ímpeto de compras de bens duráveis, que subiu 0,7 ponto, para 92,3 pontos, após avançar mais de 10,0 pontos no mês anterior, mantendo-se acima dos 90 pontos, patamar do qual havia se distanciado desde 2014.
Nas avaliações sobre o momento atual, o indicador que mede a satisfação sobre a situação econômica local teve a sexta alta consecutiva, de 1,6 ponto, para 87,1 pontos, maior nível desde outubro de 2014 (89,5 pts). O indicador que mede as avaliações sobre as finanças familiares no momento ficou relativamente estável ao variar 0,5 ponto, para 67,0 pontos, após alta de 5,0 pontos do mês anterior.
A análise por faixas de renda mostra ganho de confiança em todos os níveis exceto para as famílias com menor poder aquisitivo (até R$ 2.100), na qual houve piora das avaliações sobre a situação atual. As demais faixas se mostram otimistas nos dois horizontes de tempo e a confiança das famílias com maior poder aquisitivo (acima de R$ 9.600) atinge o maior nível desde janeiro de 2014 (99,0 pontos).
Redação It's Money
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