Confira as projeções para a Selic após início do ciclo da queda
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Confira as projeções para a Selic após início do ciclo da queda
4 ago 2023•Última atualização: 21 junho 2024
A decisão do Copom pela queda na Selic nesta semana já era esperada. Mas, a magnitude da redução de 0,50 ponto percentual animou o mercado. Além disso, a deliberação do Banco Central mostrou que há margem para o ciclo de redução do percentual da taxa básica de juros. Com isso, as projeções para a Selic até o final deste ano e 2024 mudaram.
Confira neste artigo como ficou a avaliação do mercado quanto às novas perspectivas para a Selic.
Projeções para a Selic
Diante de uma evolução favorável nas perspectivas inflacionárias, o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, reduziu a Selic para 13,25% e indicou que esse deverá ser o ritmo no corte para as próximas reuniões.
Assim, o mercado financeiro começou a alterar, também, suas projeções. O Itaú Unibanco alterou sua projeção para a taxa Selic de 2023, por ora, para 11,75% ao ano, após o corte de meio ponto porcentual do juro básico anunciado nesta quarta-feira, 2, pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A estimativa anterior era de 12,00% ao ano.
Com esse cenário em mãos, os profissionais do Santander reduziram a projeção para a Selic no fim do ano de 12% para 11,75%.
“O BC ainda enxerga a necessidade de uma postura contracionista, dada a fase mais difícil do processo de desinflação (com elevada persistência, especialmente nos preços mais sensíveis ao ciclo econômico).”
Segundo a projeção da gestora de fundos Oby Capital, para setembro, a taxa Selic deverá baixar para o patamar de 12,75%. Já em novembro, 12%. Encerrando o ciclo de queda em 2023 para 11%.
Já para o economista-chefe da Blue3 Investimentos, Roberto Simioni, o ano se encerra com uma taxa de 11,75%.
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Taxa Selic 2024
Assim, segundo a gestora Oby Capital, o ciclo de cortes na Selic se encerrará na terceira reunião de 2024. Dessa forma, a Selic estará em 9% ao fim desses cortes. Taxa que deverá ser mantida também em 2025.
De acordo com Simioni, economista-chefe da Blue3 Investimentos, é muito provável que o ciclo de cortes da Selic siga pelo primeiro trimestre de 2024, com a taxa entre 10,5% e 10% ao ano, chegando a 10% no segundo semestre.
“Mas a manutenção vai depender de variáveis externas, como os juros nos Estados Unidos, na Europa e no Reino Unido, que ainda estão em patamares altos. Além de fatores internos, incluindo a questão fiscal e a possibilidade de recomposição da inflação a partir dos programas de oferta de crédito que Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES podem oferecer para a população”, explica.
Ainda segundo o economista, nesse ponto, o Banco Central terá de escolher entre não baixar os juros além do prudente, de 10% a 10,5% ao ano, ou manter um ciclo de redução de juros rumo a 7,5% considerando trabalhar uma inflação entre a meta de 3% e a banda superior de 4,5%.
Por isso, prudencialmente, o economista diz que a Selic deveria ser de 10% a 10,25% ao ano no final do ciclo de queda. Já para 2025, caso haja real controle da inflação e recomposição fiscal do arcabouço fiscal, a taxa deverá ser de 9,5% ao ano. “Caso contrário, rumo a 11% ao ano.”
Raissa Scheffer
Raissa Scheffer (MTB: 0051926/SP) é jornalista com 16 anos de experiência em economia. Foi repórter e editora na Gazeta de Ribeirão e Jornal ACidade. Com passagens pela EPTV Ribeirão, Portal Terra, TV Record e Portal Revide.
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