Força na China e cautela na Europa

No Brasil, o setor de serviços apresentou redução na comparação anual com 2022, nos últimos 12 meses o crescimento foi de 3,5%, enquanto nos 12 meses anteriores a esse o crescimento havia sido de 4,0%. Para hoje teremos somente a divulgação das vendas no varejo as 9 da manhã.

Nos EUA tivemos as vendas no varejo surpreendendo positivamente. Além de pedidos por seguro-desemprego vindo abaixo do consenso e, por fim, a inflação ao produtor vindo acima do esperado, sinalizando um aquecimento da economia americana.

Para hoje, teremos alguns índices de preços sendo divulgados, além da produção industrial e de índices de confiança e percepção do consumidor.

Na Europa tivemos os juros aumentando em 0,25 pontos percentuais, acima da expectativa de manutenção pelo Banco Central Europeu, surpreendendo os mercados com medidas mais duras para combater a inflação, mas tranquilizando os investidores, com um discurso de que esse foi o topo e que os juros devem começar a reduzir a partir de agora.

Além disso, para hoje teremos dados de inflação na França, além de diversos indicadores econômicos na Zona do Euro, como os salários e a balança comercial.

Força na China

Por outro lado, na Ásia, tivemos dados bastante positivos na China, com o varejo crescendo 4,6% ante uma projeção de 3,0% e a indústria crescendo 4,5% ante uma expectativa de 4,0%, por fim o desemprego ainda veio abaixo do que era esperado, sinalizando um momento de força para a economia do país. Para hoje, não teremos dados relevantes sendo divulgados.

Empresas

A Minerva (BEEF3) captou mais US$ 100 milhões em títulos de dívida com prazo de pagamento de 10 anos e taxa de 8,875% ao ano. O destino do valor captado será quase integralmente utilizado para o pagamento da compra dos ativos da Marfrig (MRFG3).

A Petrobras (PETR4) assinou um memorando de parceria com a TotalEnergies e a Casa dos Ventos. O objetivo é avaliar os projetos de energia eólica offshore e onshore que foram citados no começo da semana.

Por outro lado, a Embraer (EMBR3) recebeu um pedido de US$ 288,3 milhões da Air Peace para a produção e entrega de cinco jatos E175. Aviões fazem parte da linha mais atualizada da companhia. A entrega ocorrerá a partir de 2024.

Após a definição do preço de subscrição em R$ 0,80, além de uma captação abaixo do valor de R$ 1 bilhão estimado anteriormente, a ação da Via (VIIA3) sofreu forte queda no pregão, mas se recuperou ao longo do dia, reduzindo as perdas.

De acordo com a diretoria do Banco do Brasil (BBAS3), as projeções para o crescimento da carteira de crédito estão bastante otimistas, podendo atingir o limite superior da projeção fornecida no começo do ano.

Para mais detalhes das empresas, incluindo a recomendação e os preços alvo, acesse os relatórios no app da DV ou no site Blue Academy caso seja um cliente Blue.

Análise Técnica Mercado Interno

Ibovespa encerrou o último pregão, dia 14, com uma alta de 1,03%, conseguindo fechar acima dos 118.840 pontos. Assim, esse fato confirma um cenário mais positivo de curto prazo, conforme indicado pelo gráfico diário.

Portanto, a probabilidade maior é que o índice teste seus próximos níveis de resistência, que estão situados em torno de 120.000 a 120.500 e, em seguida, por volta de 122.560 pontos.

Essa perspectiva enfraquece caso o IBOV retorne abaixo da região que vai da mínima do pregão desta quinta (118.181) até a média móvel de 10 dias.

Análise Técnica Mercado Externo

O S&P 500 encerrou o pregão mais recente (14) com uma alta de 0,84%, confirmando um sinal de alta no gráfico diário ao fechar acima dos 4.490 pontos.

Dessa forma, aumentou a probabilidade de o índice testar a região de resistência, que se estende de 4.515 a 4.541 pontos. Acima desse patamar, há outros níveis de resistência em 4.576 a 4.588 e 4.607.

Assim, para anular a expectativa positiva deixada pelo pregão desta quinta-feira, seria necessário que o S&P voltasse abaixo de 4.453 pontos.

Dólar

O dólar encerrou o último pregão (14) com uma queda de 0,97%, fechando abaixo do suporte por volta de 4.415 pontos. Dessa forma, o dólar aumentou a probabilidade de testar a zona de suporte da congestão que vai de 4.857,5 a 4.844, destacada em azul no gráfico.

Existe uma boa chance de ocorrer pressão compradora nessa região, o que poderá interromper o atual movimento de baixa do gráfico diário.

Por fim, para mudar o atual viés de baixa de curtíssimo prazo, a moeda americana precisa retornar acima da faixa de pontos que varia de 4.934 a 4.944.

Analistas responsáveis

Dalton Vieira – Analista CNPI-T

Mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro.

Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910).

Credenciado pela Apimec desde 2010.

Desenvolvedor do método DV de investimentos.

Renato Reis – Analista CNPI-P com foco em fundamentos

Analista de valores mobiliários (CNPI-P EM-3580) credenciado pela Apimec.

Formado em Ciências Econômicas pelo Ibmec BH.

Já atuou com Fusões e Aquisições e hoje é responsável por toda a área de análise fundamentalista dentro da empresa.

Disclaimer

De acordo com a Resolução CVM nº 20, de 25 de fevereiro de 2021, Art. 21º, declaro que as análises realizadas neste relatório refletem única e exclusivamente a opinião dos autores, e foram elaboradas de forma independente e autônoma.

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