Ibovespa B3 BR+: conheça o novo índice da bolsa brasileira
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Ibovespa B3 BR+: conheça o novo índice da bolsa brasileira
5 set 2024•Última atualização: 5 setembro 2024
No último dia 12 de agosto, a B3 lançou oficialmente uma nova versão do Ibovespa, conhecida como B3 BR+. O índice incorpora os BDRs (Brazilian Depositary Receipts), trazendo um diferencial em relação ao tradicional Ibovespa.
Além disso, o B3 BR+ considera a liquidez em outros mercados internacionais, um aspecto que ainda não havia sido explorado pelos índices da B3.
“Nossa intenção, quando lançamos um novo índice de referência, é trazer novas ferramentas de medir e analisar o mercado”, afirma Ricardo Cavalheiro, superintendente de índices da B3, ao portal Bora Investir.
Diferença entre o Ibovespa e o B3 BR+
A principal diferença entre o Ibovespa e o B3 BR+ está na inclusão de BDRs. No entanto, não são todos os BDRs que fazem parte desse novo índice.
Somente os BDRs de empresas cujas atividades, ativos, equipe e comando estão predominantemente no Brasil são elegíveis para inclusão.
Assim, empresas como Apple, Microsoft, Google ou Nvidia estão fora do índice, enquanto BDRs de empresas como Nubank (ROXO34), XP Inc. (XPBR31), Stone (STOC31), Banco Inter (INBR32) e PagSeguro (PAGS34) foram incluídas, representando 12% de participação no índice.
Outra inovação importante é que o B3 BR+ também considera a liquidez em outros mercados internacionais para calcular a negociabilidade dos ativos.
Essa metodologia abre novas oportunidades para os investidores, já que a liquidez externa pode influenciar positivamente a inclusão de papéis no índice.
Composição Setorial
Com a inclusão desses BDRs, o setor financeiro ganhou mais destaque dentro da composição do B3 BR+, em detrimento de outros setores.
Como os BDRs incluídos são majoritariamente de instituições financeiras, como Nubank e XP, houve um aumento na representatividade desse setor no índice. Isso altera levemente o perfil setorial em comparação com o Ibovespa tradicional, que possui uma distribuição mais equilibrada entre diversos setores da economia.
Além disso, o backtest realizado pela B3 mostrou que o B3 BR+ superou o desempenho do Ibovespa nos últimos anos.
A abertura do índice a papéis listados fora do Brasil traz a possibilidade de inclusão de ativos com perfis de investidores diferentes, o que pode ajudar a reduzir a correlação com o mercado local.
Contudo, vale ressaltar que, pela primeira vez, teremos papéis no mesmo índice que estão sujeitos a leis e regras de direitos de acionistas diferentes, algo que deve ser monitorado de perto pelos investidores.
Benefícios
A criação do B3 BR+ representa uma alternativa aos investidores que buscam uma exposição mais diversificada e que queiram acessar empresas que possuem operações internacionais, mas que têm forte presença no Brasil.
Assim, a inclusão dos BDRs permite ampliar a diversificação dos portfólios sem necessariamente recorrer a mercados estrangeiros diretamente.
Por outro lado, a inclusão de ativos negociados em outros países traz riscos regulatórios, como diferentes legislações e práticas de governança corporativa.
Então, isso pode criar desafios para os investidores, que precisarão acompanhar mais de perto as diferenças entre os direitos dos acionistas nos diferentes países onde esses papéis são negociados.
Para saber mais, entre em contato com seu assessor de investimentos.
Redação It's Money
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