IGP-10 cai 0,17% em março, mostra FGV
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IGP-10 cai 0,17% em março, mostra FGV
18 mar 2024•Última atualização: 12 junho 2024
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,17% em março, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (18) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
No mês anterior, a taxa havia sido -0,65%. Com esse resultado, o índice acumula queda de -0,40% no ano e de -4,05% em 12 meses.
Ainda, em março do ano passado, o índice variara 0,05% no mês e acumulava elevação de 1,12% em 12 meses.
Confira, na íntegra, a análise de André Braz, economista do FGV IBRE:
"O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) é dividido em três principais categorias de produção, cada uma registrando acréscimos em suas taxas de variação. Dentre os bens finais, o item que exerceu maior influência sobre o índice foi o subitem ovos, que apresentou uma variação significativa de -1,80% para 12,44%. No segmento dos bens intermediários, o destaque ficou por conta do óleo Diesel, cuja taxa de variação se ajustou de -4,25% para 0,00%, indicando uma estabilização nos preços. Por fim, no que se refere às matérias-primas brutas, a soja teve papel preponderante ao contribuir para uma redução menos acentuada na taxa de variação do grupo, passando de -15,01% para -4,92%. Estas mudanças sublinham dinâmicas importantes no índice ao produtor.”
IPA
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou queda de 0,40% em março, uma redução menor em comparação ao mês anterior, de –1,08%.
No entanto, destaca-se que os preços dos Bens Finais tiveram um leve aumento, variando de 0,33% em fevereiro para 0,49% em março.
Esse incremento foi influenciado principalmente pelo subgrupo de alimentos in natura, que viu sua taxa aumentar de 3,90% para 5,56%.
Por outro lado, o índice relativo a Bens Finais (ex), com exceção dos subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, apresentou uma queda de 0,10% em março, um decréscimo ligeiramente maior do que o de -0,09% observado no mês precedente.
Além disso, em março, houve uma notável mudança no grupo de Bens Intermediários, cuja taxa se recuperou de uma queda de -0,93% em fevereiro para um aumento de 0,07%.
A virada foi impulsionada pela recuperação nos preços do subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, quando a taxa foi de -3,36% para 0,61%.
Ainda, excluindo o impacto do subgrupo, o índice de Bens Intermediários registrou queda de 0,02% em março, uma melhora em relação à redução de 0,48% vista no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -2,63% em fevereiro para -1,85% em março.
Sendo assim, as principais contribuições para a taxa menos negativa do grupo partiram dos seguintes itens: soja em grão (-15,01% para -4,92%), milho em grão (-4,99% para -2,77%) e laranja (9,33% para 15,76%).
Em sentido de queda, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: minério de ferro (-1,05% para -6,51%), mandioca/aipim (10,45% para -2,41%) e arroz em casca (1,71% para -8,35%).
IPC
Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou uma variação de 0,48% em março, indicando um ritmo de crescimento mais lento em comparação com o aumento de 0,62% observado em fevereiro.
Desse modo, três das oito classes de despesa que compõem o índice, tiveram uma desaceleração nas suas taxas de variação:
Educação, Leitura e Recreação, que reduziram de 1,23% para -1,49%; Alimentação, que passou de 1,37% para 0,88%; e Despesas Diversas, que moderaram de 1,80% para 1,38%.
Essa tendência foi influenciada principalmente por ajustes nos preços de cursos formais, que estagnaram em 0,00%, hortaliças e legumes, que tiveram um aumento menos acentuado, de 8,65% para 2,24%, e serviços bancários, cuja taxa de variação diminuiu de 2,86% para 2,30%.
Por outro lado, houve avanço nas taxas de variação de vários grupos do Índice de Preços ao Consumidor em março, como:
Transportes, indo de 0,14% para 0,87%, refletindo um aumento significativo na mobilidade. Habitação, de 0,13% para 0,55%, evidenciando custos residenciais mais elevados.
Além disso, o segmento de Vestuário reverteu sua tendência anterior, passando de uma queda de -0,20% para um aumento de 0,08%. Saúde e Cuidados Pessoais tiveram acréscimo de 0,41% para 0,47%, enquanto Comunicação subiu de 0,29% para 0,31%.
INCC
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma variação de 0,27% em março, mostrando um aumento em relação à taxa de 0,10% observada no mês anterior.
Portanto, ao analisar os componentes do Índice, observa-se movimentações distintas entre os grupos.
Por exemplo, os Materiais e Equipamentos viram uma recuperação, passando de uma ligeira retração de -0,05% em fevereiro para um crescimento de 0,34% em março.
Por outro lado, Serviços, que haviam aumentado 0,58% em fevereiro, apresentaram uma variação quase nula de -0,01% em março.
Já a Mão de Obra manteve-se praticamente estável, com uma leve diminuição na sua taxa de variação, de 0,23% para 0,21%.
Redação It's Money
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