IGP-M cai 0,14% em agosto, mostra FGV

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IGP-M cai 0,14% em agosto, mostra FGV

30 ago 2023Última atualização: 20 junho 2024

Redação It's MoneyRedação It's Money
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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou deflação (queda de preços) de 0,14% em agosto deste ano. Em julho, a deflação havia sido mais acentuada (-0,72%).  

Assim, os dados resultaram em uma taxa acumulada de -5,28% no ano e -7,20% nos últimos 12 meses. Em agosto de 2022, o índice havia caído 0,70% e acumulava alta de 8,59% em 12 meses.

Além disso, nesta apuração do IGP-M, houve contribuições positivas dos produtos agropecuários (de -1,87% para 0,02%) e industriais (de -0,75% para -0,24%) para uma taxa menos negativa do índice.

Por outro lado, no setor agrícola, a soja (de 0,03% para 5,63%) teve a maior influência, enquanto no setor industrial, o óleo Diesel (de 0,00% para 4,15%) foi destacado.

Outros indicadores

Dessa forma, o INCC também acelerou, com a mão-de-obra (de 0,38% para 0,71%) sendo a principal contribuição para essa aceleração, conforme explicado por André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da FGV.

Ademais, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve uma queda de 0,17% em agosto, em comparação com uma queda de 1,05% em julho.

Na análise por estágios de processamento, o grupo Bens Finais registrou uma queda de 0,69% em agosto, com destaque para o subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -7,71% para -0,95%.

O índice relativo a Bens Finais (excluindo alimentos in natura e combustíveis para o consumo) caiu 0,29% em agosto.

O grupo Bens Intermediários também registrou uma queda, mas de menor intensidade, passando de -1,19% em julho para -0,22% em agosto.

Isso se deveu principalmente ao subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -1,13% para 3,45%.

O índice de Bens Intermediários (excluindo combustíveis e lubrificantes para a produção) caiu 0,79% em agosto.

No segmento de Matérias-Primas Brutas, houve uma variação de 0,42% em agosto, após uma queda de 0,90% em julho.

Itens como soja em grão (de 0,03% para 5,63%), café em grão (-13,63% para -3,22%) e milho em grão (-4,95% para -0,46%) contribuíram para essa reversão. Em contrapartida, minério de ferro (de 2,96% para -0,08%), bovinos (-0,03% para -1,59%) e suínos (de 3,46% para 0,91%) tiveram impactos negativos.

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve uma queda de 0,19% em agosto, em comparação com uma variação de 0,11% em julho.

Seis das oito classes de despesa tiveram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou de 1,15% para -1,19%. Itens como passagem aérea (-8,72% versus 5,88%) influenciaram essa classe de despesa.

Também houve decréscimo nas taxas dos grupos Alimentação, Transportes, Despesas Diversas, Vestuário e Comunicação.

Habitação e Saúde e Cuidados Pessoais apresentaram avanço em suas taxas de variação. Alas foram impulsionadas por itens como tarifa de eletricidade residencial e artigos de higiene e cuidado pessoal.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,24% em agosto, em comparação com 0,06% em julho.

Os três grupos componentes do INCC tiveram variações positivas em agosto: Materiais e Equipamentos, Serviços e Mão de Obra.

Leia também: Indicadores econômicos: o que são e para que servem

Imagem: © Marcello Casal JrAgência Brasil

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