IGP-M tem deflação de –0,52% em fevereiro
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IGP-M tem deflação de –0,52% em fevereiro
28 fev 2024•Última atualização: 20 junho 2024
O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) registrou deflação de 0,52% em fevereiro. No acumulado do ano, a queda foi de –0,45%. E com o resultado, o índice acumula queda de 3,76% nos últimos 12 meses.
As informações foram divulgadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (28). Em fevereiro de 2023, o índice tinha registrado taxa de 0,06% no mês e acumulava aumento de 1,86% em 12 meses anteriores.
“Apesar do El Niño ter prejudicado algumas safras brasileiras, não se observa uma redução generalizada na produção agrícola nacional. Contrabalanceando esse cenário, a ampliação da oferta global de grãos promete atenuar as pressões inflacionárias sobre os preços dos alimentos no Brasil, proporcionando um alívio moderado à inflação. Especificamente, os mercados da soja e do milho revelam uma queda acentuada nos preços, evidenciando as dinâmicas de oferta e demanda globais, com a soja recuando para uma baixa de 14,18% e o milho para 7,11%”, destaca André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Confira o histórico retirado da pesquisa (FGV):
IPA
Em fevereiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,90%, uma queda mais intensa que à observada em janeiro, quando registrou -0,09%.
Nota-se que o grupo de Bens Finais registrou um aumento de 0,35% em fevereiro, porém inferior a taxa de 1,06% registrada no mês anterior.
Sendo assim, a queda foi impulsionada principalmente pelo subgrupo de alimentos processados, cuja taxa evoluiu de 1,19% para -0,65% no mesmo intervalo.
Em contrapartida, o índice correspondente a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, também apresentou uma desaceleração, passando de 0,58% em janeiro para -0,25% em fevereiro.
Já a taxa do grupo Bens Intermediários caiu 0,42% em fevereiro, menos negativa do que a registrada no mês anterior, de -1,62%.
O principal fator que influenciou esse movimento foi o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -6,73% para -1,52%.
Além do mais, o índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) caiu 0,22% em fevereiro, após queda de 0,63% observada em janeiro.
O estágio das Matérias-Primas Brutas apresentou uma variação de -2,67% em fevereiro, um índice significativamente menor do que a alta de 0,49% registrada em janeiro.
Contudo, a desaceleração deste grupo foi principalmente influenciada por itens chave, tais como a soja em grão, que intensificou a queda de -5,98% para -14,18%, o milho em grão, cuja taxa diminuiu de 6,22% para -7,11%, e o minério de ferro, que inverteu sua trajetória de um aumento de 2,87% para uma queda de 1,22%.
Em contraste, alguns itens tiveram um comportamento de alta, entre os quais se destacam o leite in natura, que se alterou de -0,06% para 4,42%, a cana-de-açúcar, com variação de -1,51% para -0,37%, e a mandioca/aipim, que teve um aumento de 1,43% para 4,11%.
IPC e INCC
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), outro indicador econômico monitorado pela FGV, variou 0,53% em fevereiro, um recuo em relação à taxa de 0,59% observada em janeiro.
Três das oito classes de despesa que compõem o índice, apresentaram desaceleração em suas taxas de variação.
O maior impacto veio do grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa de variação decresceu de 2,11% para 0,11%.
No entanto, dentro desta classe de despesa, é importante destacar o recuo significativo no preço dos cursos formais, que passou de 4,78% na medição anterior para 2,04% na atual.
Também apresentaram recuo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (1,62% para 1,09%) e Vestuário (0,16% para -0,17%).
Sendo assim, vale destacar o comportamento dos seguintes itens dentro dessas classes de despesa: hortaliças e legumes (12,41% para 7,10%) e serviços do vestuário (1,50% para 0,00%).
Por outro lado, os grupos Transportes (-0,16% para 0,45%), Despesas Diversas (0,10% para 1,52%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,19% para 0,51%), Comunicação (-0,07% para 0,46%) e Habitação (0,16% para 0,19%) exibiram crescimento em suas taxas de variação.
Do mesmo modo, dentro destas classes de despesa, os destaques são: gasolina (-0,74% para 1,37%), serviços bancários (0,09% para 2,23%), artigos de higiene e cuidados pessoais (-0,38% para 0,78%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,16% para 0,86%) e aluguel residencial (-0,88% para 1,16%)
Ademais, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma variação de 0,20%, um valor inferior à taxa de 0,23% observada em janeiro.
Em suma, entre os três grupos que compõe o indicador, notam-se as seguintes variações na transição de janeiro para fevereiro: o grupo Materiais e Equipamentos apresentou uma elevação, passando de 0,09% para 0,20%; o grupo Serviços teve um aumento de 0,20% para 0,49%; e o grupo Mão de Obra registrou recuo, variando de 0,42% para 0,16%.
Redação It's Money
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