Índice de Confiança de Serviços chega a menor nível desde fevereiro de 2021
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Índice de Confiança de Serviços chega a menor nível desde fevereiro de 2021
29 dez 2022•Última atualização: 21 junho 2024
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV IBRE cedeu 1,5 ponto em dezembro, para 92,2 pontos, menor nível desde fevereiro de 2021 (89,2 pontos).
O índice cai pelo terceiro mês consecutivo, acumulando perda de 9,5 pontos no 4º trimestre de 2022. Em médias móveis trimestrais, o índice também recuou 3,2 pontos.
Segundo Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE, a confiança do setor de serviços voltou a registrar queda em dezembro e encerra o último trimestre do ano devolvendo os ganhos obtidos no segundo e terceiro trimestres desse ano.
“A piora no mês foi influenciada pela percepção de desaceleração no ritmo dos serviços e piora das perspectivas sobre os próximos meses. Além disso, a disseminação entre os segmentos confirma esse momento mais negativo e sugere uma desaceleração da atividade que tende a se prolongar no início do próximo ano”, explica.
Em dezembro, o resultado do ICS foi influenciado principalmente pela piora das avaliações sobre a situação atual, mas também das expectativas para os próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA-CST) caiu 2,6 pontos, para 94,3 pontos, menor nível desde março (90,9 pontos).
Este resultado foi influenciado tanto pela piora do indicador que mede o volume de demanda atual que recuou 2,8 pontos, para 93,8 pontos, quando do indicador da situação atual dos negócios que caiu 2,3 pontos, para 94,8 pontos. Ambos retornam ao menor nível desde março deste ano.
O Índice de Expectativas (IE-S) cedeu 0,6 ponto, para 90,1 pontos, menor nível desde abril de 2021 (88,7 pontos).
Os dois componentes do índice também caíram: o indicador que mede a demanda prevista nos próximos três meses variou -0,3 ponto, para 91,2 pontos, e o indicador de tendências dos negócios nos próximos seis meses recuou 0,8 ponto, para 89,2 pontos.
Confiança trimestral dos segmentos do setor serviços
Ao longo do ano, a confiança de serviços alternou o ritmo.
No primeiro trimestre, registrou queda que parecia muito associada à uma nova onda da pandemia.
Com o maior controle da mesma, a confiança avançou nos trimestres seguintes com boa influência dos serviços prestados às famílias e o segmento de transportes, justamente os que tinham sido mais afetados com as restrições de circulação.
No último trimestre do ano, a desaceleração aparece bastante disseminada entre os segmentos, devolvendo parte do que foi recuperado no meio do ano.
Redação It's Money
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