Light entra com pedido de recuperação judicial
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Light entra com pedido de recuperação judicial
12 mai 2023•Última atualização: 21 junho 2024
A companhia Light entrou com pedido de recuperação judicial. Segundo a empresa informou nesta sexta-feira, 12, a dívida é de cerca de R$ 11 bilhões.
Assim, o pedido de recuperação judicial (RJ) foi feito na 3ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro, em caráter de urgência.
Pedido de recuperação judicial
Nesse sentido, o fato relevante divulgado pela Light (LIGT3) destaca alguns pontos. “Conforme previamente informado ao mercado, a companhia vem, em conjunto com seus assessores financeiros e legais, avaliando alternativas e empreendendo esforços na busca do equacionamento de obrigações financeiras próprias e de outras pelas quais é também coobrigada (...)”
O fato relevante ainda destaca “(...) inclusive mediante tratativas com certos credores no âmbito de procedimento de mediação devidamente instaurado e em curso na presente data.”
Por outro lado, a Light afirmou que, “embora siga avançando nesse sentido, e não obstante os esforços empreendidos nos últimos meses, os desafios oriundos da atual situação econômico-financeira e algumas de suas subsidiárias se mantêm e vêm se agravando.”
Por fim, a companhia diz o atual momento demanda a “tomada urgente de outras medidas que possam protegê-las até que seja possível implementar o referido equacionamento do seu endividamento e a readequação da sua estrutura de capital.”
A Light entra com pedido de recuperação judicial três meses após a contratação da assessoria financeira Laplace.
Visão Oby Capital
Segundo a gestora Oby Capital, o mercado já esperava a notícia da Recuperação Judicial da Light. Isso porque a Medida Cautelar era instrumento jurídico frágil.
“Este pedido apenas formaliza e organiza o processo que já vinha acontecendo. Lembrando que a empresa já deixou de cumprir com as obrigações financeiras desde 15/04”, destaca a gestora.
Ainda de acordo com a Gestora Oby Capital, o grupo de debenturistas está organizado, detendo 2/3 da dívida da empresa, e, daqui em diante, determinará os caminhos da RJ, dando assim maior proteção jurídica aos credores.
“Acreditamos que o mercado secundário das debentures já precificava este evento.”
Raissa Scheffer
Raissa Scheffer (MTB: 0051926/SP) é jornalista com 16 anos de experiência em economia. Foi repórter e editora na Gazeta de Ribeirão e Jornal ACidade. Com passagens pela EPTV Ribeirão, Portal Terra, TV Record e Portal Revide.
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