Próxima reunião do Copom: quando será e expectativas
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Próxima reunião do Copom: quando será e expectativas
30 out 2023•Última atualização: 20 junho 2024
Se você está interessado em saber quando será a próxima reunião do Copom e o que deve acontecer nela, provavelmente já entende o impacto das decisões do Comitê de Política Monetária.
Afinal, o Copom é um órgão essencial para a economia no Brasil. Com a responsabilidade de estabelecer a taxa básica de juros do país, a Selic, o Comitê realiza periodicamente suas reuniões para avaliar as condições econômicas e decidir sobre possíveis ajustes.
Próxima reunião do Copom: quando será?
A próxima reunião do Copom está agendada para os dias 31 de outubro e 01 de novembro de 2023.
Essas reuniões ocorrem aproximadamente a cada 45 dias e são momentos cruciais para os agentes econômicos, uma vez que as decisões tomadas a respeito da taxa básica de juros, a Selic, têm impacto direto nos rumos da economia brasileira.
Confira abaixo o calendário completo de reuniões do Copom em 2023:
- 31 de janeiro e 1º de fevereiro;
- 21 e 22 de março;
- 2 e 3 de maio;
- 20 e 21 junho;
- 1º e 2 de agosto;
- 19 e 20 de setembro;
- 31 de outubro e 1º de novembro;
- 12 e 13 de dezembro.
Expectativas para a próxima reunião do Copom
Depois de reduzir a taxa básica de juros (Selic) para 12,75% na reunião de setembro, o Copom acenou que seguirá com a movimentação de queda dos juros.
Segundo a ata da última reunião divulgada em setembro pelo Banco Central, para os membros do colegiado, em reunião na semana passada, a evolução do cenário permitiram o ciclo de queda e que 0,5 ponto percentual é “ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.”
“Avaliou-se ainda que não há evidência de que esteja em curso um aperto além do que seria necessário para a convergência da inflação para a meta. E que o cenário ainda inspira cautela, reforçando a visão de serenidade e moderação que o Comitê tem expressado”, diz a ata divulgada na íntegra no site do Banco Central.
Por fim, o Comitê julga como pouco provável uma intensificação adicional do ritmo de ajustes, já que isso exigiria “surpresas positivas substanciais que elevassem ainda mais a confiança na dinâmica desinflacionária prospectiva.”
Mas, como a Selic influencia a inflação?
Vamos imaginar que a taxa Selic seja como um controle remoto que o Banco Central usa para ajustar o ritmo da economia.
Quando a taxa Selic está alta, é como se o controle remoto estivesse com o volume alto. Isso faz com que os juros fiquem mais altos e o crédito (empréstimos e financiamentos) fique mais caro.
Como resultado, as pessoas tendem a gastar menos e a guardar mais dinheiro, porque os juros altos não incentivam o consumo. E quando é o contrário (Selic baixa, juros baixos) o efeito é oposto, ou seja: o crédito fica mais barato e as pessoas consomem mais.
Então, quando a economia está crescendo muito rápido e todo mundo está comprando e gastando, pode causar um aumento generalizado nos preços, ou seja, a inflação sobe.
Nesses casos, o Banco Central pode aumentar a taxa Selic para "esfriar" a economia e controlar a inflação.
Taxa Selic e inflação: o que dizem especialistas sobre a decisão da próxima reunião do Copom
Segundo análises de alguns especialistas, a ata da última reunião do Copom reforçou a ideia de que o ciclo de baixas continue tendo em vista os números da economia nacional.
Na ata de sua última reunião, o Copom deixou claras as condições para manter o ritmo de cortes de juros.
Desde então, as expectativas de inflação de médio prazo variaram para baixo, segundo o Boletim Focus, permanecendo acima da meta, e o PIB do 2º trimestre ficou acima do esperado.
Próxima reunião do Copom: o que esperar dos investimentos
Na próxima reunião do Copom, que está agendada para os dias 31 de outubro e 01 de novembro, é provável que a taxa Selic continue a cair.
Diante dessa perspectiva, muitos investidores podem se perguntar o que esperar dos investimentos nesse cenário. Isso porque, mesmo com o ritmo de queda, a taxa segue em um patamar mais elevado.
Assim, entenda como a taxa Selic pode afetar alguns tipos de investimentos, a seguir.
Renda Fixa em um cenário de Selic em dois dígitos
Com a taxa Selic em um nível ainda relativamente elevado, os investimentos em renda fixa, como títulos públicos e CDBs, tendem a ser mais atrativos em termos de rentabilidade.
Isso ocorre porque a taxa básica de juros influencia diretamente os rendimentos desses investimentos.
Portanto, em um contexto de Selic elevada, é possível esperar que os investimentos de renda fixa continuem oferecendo retornos interessantes, especialmente em comparação com períodos de taxas mais baixas.
Não se esqueça dos outros indicadores!
Por outro lado, é importante ressaltar que a taxa Selic não é o único fator a ser considerado ao tomar decisões de investimento.
Existem diversas outras variáveis que podem impactar os resultados dos investimentos, como a inflação, a situação econômica do país, as perspectivas para determinados setores e a diversificação da carteira.
Inflação e projeções futuras
No caso específico da inflação, é importante acompanhar as expectativas do mercado. Se houver sinais de que a inflação está acelerando e pode ultrapassar as metas estabelecidas.
Neste caso, o Banco Central pode decidir aumentar a taxa Selic, o que poderia afetar a rentabilidade dos investimentos em renda fixa.
Portanto, é recomendável ficar atento aos indicadores econômicos e às projeções de inflação para tomar decisões informadas.
Alternativas aos investimentos em renda fixa
Além disso, em um ambiente de taxas de juros mais altas, é comum que investidores busquem alternativas aos investimentos em renda fixa, explorando outras modalidades - como ações, fundos imobiliários ou até mesmo investimentos no exterior.
É importante, no entanto, lembrar-se de que essas opções podem trazer maior volatilidade e riscos adicionais.
Ou seja, exigirem uma análise mais criteriosa e conhecimento específico sobre cada tipo de investimento.
Selic em queda: é hora de voltar a investir na Bolsa?
Com base nas tendências recentes, muitos investidores estão considerando que é hora de voltar a investir na Bolsa de Valores.
Vale lembrar que é necessário tomar essa decisão com base em uma análise cuidadosa de vários fatores. Principalmente tendo em vista o seu perfil de investidor.
Primeiro, é a já mencionada queda na taxa de juros. Isso pode tornar os investimentos em ações mais atraentes em comparação com a renda fixa, especialmente para aqueles com maior tolerância ao risco.
“É muito provável que o ciclo de cortes da Selic siga pelo primeiro trimestre de 2024, com a taxa entre 10,5% e 10% ao ano, chegando a 10% no segundo semestre”, diz Roberto Simioni, economista-chefe da Blue3 Investimentos.
Depois, você deve analisar as empresas nas quais planeja investir individualmente, para entender se seus ativos estão com um valor interessante e se há potencial de crescimento — e em quanto tempo. Considere também o risco x retorno.
Por fim, vale ressaltar que cada investidor possui objetivos, perfil de risco e horizonte temporal diferentes. Portanto, é recomendável buscar orientação de um profissional qualificado, como um assessor de investimentos da Blue3, que possa analisar o contexto individual e auxiliar na tomada de decisões alinhadas aos objetivos e à tolerância a riscos de cada investidor.
Imagem: © Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Redação It's Money
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