Vendas no comércio avançam 0,7% em julho, mostra IBGE

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Vendas no comércio avançam 0,7% em julho, mostra IBGE

15 set 2023Última atualização: 20 junho 2024

Redação It's MoneyRedação It's Money
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As vendas no comercio avançaram 0,7% em julho, após variação de 0,1% em junho. Assim, a média móvel trimestral variou 0,1% no tri encerrado em julho. O número havia registrado recuo de 0,2% no trimestre encerrado em junho.

Além disso, no acumulado do ano, ante o mesmo período do ano anterior, registra alta de 1,5%. Nos últimos 12 meses, o volume de vendas no comércio acumula expansão de 1,6%.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (15) pelo IBGE. A PMC também mostra que, frente a julho de 2022, o mês de julho de 2023 teve alta de 2,4%, segunda consecutiva nessa comparação.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, explica que o crescimento vem após três meses registrando resultados próximo de zero. “Assemelha-se a março, em termos de patamar, pegando esse cenário de estabilidade, mas ainda não é o caso de um crescimento pronunciável”, ressalta.

Com o resultado de julho, o comércio varejista do país está 2,2% abaixo do nível recorde da série, de outubro de 2020.

A economista e RI da Esh Capital, Ariane Benedito, explica que o dado do setor de varejo reforça o segundo trimestre de atividade mais forte para a economia brasileira.

"No entanto, o indicador ainda aponta uma atividade fraca para o setor, registrando crescimento em apenas 14 das 27 Unidades da Federação na medição de julho", reforça a economista.

Além disso, Ariane Benedito acredita que avaliando as características dos grupos que apresentaram alta é possível observar que o consumo está concentrado, em sua maioria, nos grupos que detêm itens essenciais.

"Esse efeito pode ser explicado por um cenário ainda contracionista para juros, o que leva tanto as empresas como as famílias a optarem pelo conservadorismo no consumo", finaliza.

Vendas no comércio por atividade

De acordo com a pesquisa, quatro atividades tiveram alta no mês. O destaque ficou para Equipamentos e material para escritório informática e comunicação, com a maior expansão, de 11,7%

“Houve algumas mudanças na questão da tributação das importações, que acabam oferecendo um ímpeto maior na variação dessa atividade”, justifica o pesquisador.

A segunda maior alta foi no setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que apresentou expansão de 8,4% na passagem de junho para julho.

O setor de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que representa mais de 45% da pesquisa, também apresentou alta, de 0,3%.

“Uma vez que diminuiu a pressão dos preços dos alimentos, a demanda tem margem para crescimento”, diz.

A outra atividade que fechou julho no campo positivo foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,1%).

Já pelo lado das quedas, as atividades de destaque foram Tecidos, vestuário e calçados (-2,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%).

Leia também: Indicadores econômicos: o que são e para que servem 

Imagem: Foto: Alerrandre Barros/Agência IBGE Notícias

Varejo ampliado

Por outro lado, o comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas teve retração de 0,3% ante junho.

A forte queda nas atividades de veículos e motos, partes e peças (-6,2%) influenciou o resultado. “A política de mudança fiscal que culminou na redução do preço de alguns automóveis acabou se concentrando mais em junho, quando o setor registrou crescimento 8,8%”, justificou o gerente da pesquisa.

Neste sentido, nos últimos 12 meses, o varejo ampliado tem alta acumulada de 2,3%.

Redação It's Money

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