Vendas no varejo crescem 2,5% em janeiro, após queda em dezembro
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Vendas no varejo crescem 2,5% em janeiro, após queda em dezembro
14 mar 2024•Última atualização: 12 junho 2024
Na passagem de dezembro para janeiro, as vendas no varejo brasileiro subiram 2,5%, sendo a primeira alta significativa desde setembro do ano passado.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (14) pelo IBGE.
“O comércio varejista veio de dois meses mais fracos, em que os resultados foram bastante abaixo do que poderíamos ter visto. Esse é um comportamento que foi observado não só em 2024, mas também em outros anos, quando, por exemplo, houve queda nas vendas no fim de 2022 e uma recuperação em janeiro”, lembra o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Destaques do setor
Na pesquisa, cinco das oito atividades investigadas na pesquisa avançaram em janeiro.
Dentre elas, os destaques foram as de tecidos, vestuário e calçados (8,5%) e de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (6,1%), que exerceram as principais influências sobre o resultado total do comércio varejista.
“Setorialmente, os resultados vieram com muita amplitude de crescimento em setores que tiveram queda grande no Natal, depois de concentrar as vendas na Black Friday. Isso aconteceu em tecidos, vestuário e calçados, móveis e eletrodomésticos (3,6%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação e outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,2%), que, juntos, puxaram o crescimento do varejo em janeiro”, destaca o pesquisador.
Além disso, uma das mais prejudicadas durante a pandemia de Covid-19, a atividade de tecidos, vestuário e calçados registrou queda de 6,9% em dezembro.
“Esse setor ainda está longe de se recuperar das perdas da pandemia. Entre as atividades pesquisadas, é a segunda que está mais distante do patamar de fevereiro de 2020, perdendo, nesse sentido, apenas para o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria, que está 46,7% abaixo desse nível”, pontua Cristiano.
Desse modo, com o resultado de janeiro, o setor de tecidos se encontrava 19,3% abaixo do nível pré-pandemia. No ano passado, foram sete meses no campo negativo.
Ainda, outro setor em alta em janeiro foi o de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%). O segmento, que é o de maior peso na pesquisa (55,5%), está no terceiro mês seguido no campo positivo.
O varejo ampliado, que tem duas atividades adicionais nesse indicador, cresceu 2,4% de dezembro para janeiro, com alta em veículos, motos, partes e peças (2,8%).
Por outro lado, três atividades do varejo restrito ficaram no campo negativo em janeiro: livros, jornais, revistas e papelaria (-3,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,1%) e combustíveis e lubrificantes (-0,2%). Quando considerado o varejo ampliado, há também a variação negativa do setor de material de construção (-0,2%).
No entanto, entre as que tiveram queda nas vendas, destaca-se a atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que é a terceira de maior peso na pesquisa e exerceu a principal influência negativa no mês.
Seis atividades avançam na comparação com janeiro do ano passado
Em contrapartida, em janeiro, as vendas no varejo aumentaram 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
Inclusive, esse crescimento foi disseminado por seis dos oito setores do varejo restrito: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (7,1%), hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,4%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (4,3%), tecidos, vestuário e calçados (0,7%), combustíveis e lubrificantes (0,6%) e móveis e eletrodomésticos (0,3%).
Além disso, os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (-9,0%) e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,2%) recuaram nesse período.
Por fim, no varejo ampliado, as três atividades adicionais consideradas nesse indicador ficaram no campo positivo: veículos, motos, partes e peças (11,9%), material de construção (0,4%) e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (16,1%).
Fonte: IBGE
Redação It's Money
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