China voando e Vale no radar

No Brasil tivemos o IGP-10, que mede a inflação, apresentando aumento em relação ao mês anterior, além disso, tivemos o setor de serviços desacelerando, com queda de quase 1% em relação ao mês anterior. Para hoje teremos a divulgação das vendas no varejo e do fluxo cambial estrangeiro.

Nos EUA tivemos as vendas no varejo e a produção industrial vindo melhores do que o esperado, o que reforça ainda mais a tese de economia aquecida, o que deve pressionar os juros americanos para cima.

Para hoje teremos a divulgação de alguns dados para o mercado imobiliário, como as licenças de construção e as construções de novas casas, além disso, teremos os estoques de petróleo e o balanço orçamentário do país, que tem apresentado diversos déficits e pressionado as taxas de juros para cima, sendo o maior ponto de preocupação nos mercados globais, já que, os juros americanos influenciam praticamente todos os países.

Na Europa tivemos a percepção econômica na Zona do Euro e na Alemanha vindo acima do esperado, algo bastante positivo. Para hoje teremos a divulgação da inflação no Reino Unido e na Zona do Euro como um todo, dados bastante relevantes pois são o principal influenciador na decisão das taxas de juros.

Na Ásia tivemos a divulgação de dados extremamente relevantes na China. O PIB do país veio acima do esperado, a produção industrial veio acima do esperado, o desemprego veio abaixo da expectativa e as vendas no varejo surpreenderam bastante para cima.

Todos os dados foram bastante positivos e sinalizam um período de maior aquecimento na economia do país, o que deve refletir de forma positiva nos mercados brasileiros. Para hoje teremos a divulgação da balança comercial japonesa, assim como dados mais específicos de importações e exportações, por fim, a China irá divulgar dados sobre os preços dos imóveis.

Empresas

A Vale (VALE3) apresentou hoje seu relatório operacional referente ao terceiro trimestre. A produção total foi de 86,2 milhões de toneladas, uma queda de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior, por outro lado, a qualidade do ferro extraído aumentou, além disso, as vendas também aumentaram, atingindo 69,1 milhões de toneladas, um crescimento de 6,6% em relação ao ano passado. Por fim, o destaque dos demais metais ficou para o cobre, que apresentou bom crescimento no volume produzido, vendido e em seu preço médio.

A MRV (MRVE3) divulgou sua prévia de resultados para o terceiro trimestre do ano, com as vendas e os lançamentos apresentando forte evolução especialmente pela Sensia, a divisão premium dentro do grupo. Além disso, o VSO, ou seja, o quanto as vendas representaram sobre o total ofertado, aumentou e está em um patamar cada vez mais satisfatório, já que, a maior preocupação para empresas do setor são seus estoques.

A Suzano (SUZB3) anunciou mais um aumento no preço da celulose para a exportação, o incremento será de US$ 50 para a China e US$ 80 para os EUA e a Europa, dessa forma, o preço médio passará a ser de US$ 980 para a Europa e de US$ 1170 para a América do Norte, enquanto o preço final para a China ainda não foi informado.

Para mais detalhes das empresas, incluindo a recomendação e os preços alvo, acesse os relatórios no app da DV ou no site Blue Academy caso seja um cliente Blue.

Análise técnica Ibovespa

O Ibovespa encerrou o último pregão, dia 17, com uma queda de 0,44%, mas manteve-se acima da média móvel de 10 períodos (MME10) no gráfico diário. O principal sinal de alta acima desse nível de suporte (MME10) será dado pela oscilação acima dos 117.098 pontos.

Acima desse patamar, há uma zona de resistência significativa, marcada em vermelho mais escuro, situada entre 117.845 e 118.695 pontos. Atualmente, o movimento de baixa está mais fraco, aumentando a expectativa de iniciar um novo movimento de alta. No entanto, um fechamento abaixo dos 115.157 pontos diminuirá essa perspectiva positiva.

Análise técnica S&P 500

O S&P 500 encerrou o pregão mais recente (17) praticamente estável, com uma leve variação de -0,01%, evidenciando dificuldades para superar a zona de resistência entre 4.350 e 4.402 pontos.

Um fechamento de pregão acima dos 4.402 pontos indicaria uma retomada mais positiva da tendência de alta de curto prazo. Por outro lado, se o índice cair abaixo de 4.311 pontos, isso reintroduzirá um viés de baixa nesse prazo operacional, conforme observado no gráfico diário.

Análise técnica Dólar

O dólar encerrou o último pregão (17) praticamente estável, com uma leve variação de +0,01%, testando a retração de 50% do último movimento de alta e se aproximando da região mais importante de suporte, situada entre 5.014 e 4.993.

O cenário mais provável é que o dólar siga seu movimento de baixa rumo ao patamar de suporte supracitado. Para reverter essa expectativa, será necessário um fechamento de pregão acima de 5.084 e, consequentemente, da média móvel de 10 dias, além de ocorrer uma nova máxima no pregão seguinte.

Analistas responsáveis

Dalton Vieira – Analista CNPI-T

Mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro.

Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910).

Credenciado pela Apimec desde 2010.

Desenvolvedor do método DV de investimentos.

Renato Reis – Analista CNPI-P com foco em fundamentos

Analista de valores mobiliários (CNPI-P EM-3580) credenciado pela Apimec.

Formado em Ciências Econômicas pelo Ibmec BH.

Já atuou com Fusões e Aquisições e hoje é responsável por toda a área de análise fundamentalista dentro da empresa.

Disclaimer

De acordo com a Resolução CVM nº 20, de 25 de fevereiro de 2021, Art. 21º, declaro que as análises realizadas neste relatório refletem única e exclusivamente a opinião dos autores, e foram elaboradas de forma independente e autônoma.

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