Em cima do teto
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Em cima do teto
17 nov 2022•Última atualização: 20 junho 2024
Macro
Foi entregue ao congresso a chamada PEC de transição, que retira indefinidamente o novo Bolsa Família do teto de gastos, um total de BRL 175 bi, fato que vem gerando bastante temor (e ruído) pelo mercado com os DIs repercutindo o noticiário fiscal de forma significativa, com a parte mais curta indicando aumento de juros logo a frente.
Pelo proposto, 60% da arrecadação acima do esperado seria usada para o pagamento de juros da dívida pública enquanto o restante seria destinado a investimentos públicos.
Uma vez superadas algumas incertezas sobre o tamanho do extra teto, deveremos acompanhar durante o pregão de hoje o quanto disso estava nos preços.
Por fim, alguns dados econômicos por aqui parecem trazer algum alento, como o IGP-10 mostrando deflação de 0,59% vs 0,51% esperado, e o IPC-Fipe vindo a 0,50%, acima do esperado.
Lá fora, as criptomoedas, na esteira de uma crise de liquidez e confiança desencadeada pela quebra da FTX, sentem um novo baque com corretora Genesis suspendendo saques.
A corretora possui o maior fundo de criptomoedas do mundo, sempre há o temor que essas quebras contaminem o mercado financeiro de forma geral.
Reguladores nos EUA estão deixando claro que pretendem atuar com alguma espécie de regulação.
Grosso modo, várias dessas corretoras vem atuando como bancos, com consideráveis níveis de alavancagem.
Enquanto isso, a Binance vem crescendo e deve fazer uma oferta pela Voyager Digital, que seria incialmente comprada pela FTX.
Mercado Interno
Por aqui, o mercado deve repercutir a PEC de transição apresentada.
Muitos analistas políticos acreditam que da forma com que foi proposta a PEC tem poucas chances de passar, sendo ainda necessária algumas modificações, o que pode trazer ainda mais volatilidade no mercado.
Adicionando camada de volatilidade, o nome do Fernando Haddad tem sido veiculado como bastante cotado para assumir a Economia, nome que vem desagradando o mercado por ser mais alinhado com políticas fiscais menos eficientes
Análise Técnica
O Ibovespa no pregão de quarta-feira apresentou uma queda significativa de 2,58% iniciando um movimento de baixa, onde testou a região dos 109.775 pontos.
Dessa forma, a expectativa para o Ibovespa no curto prazo é de baixa, em que a perda dos 109.500 pontos indica que o ativo pode testar níveis de preço mais abaixo, como os 107.665 pontos.
Para a retomada de um viés mais positivo, o ativo deve superar os 114.325 pontos, ficando acima de região de preço importante e das médias móveis.
Mercado Externo
Nos EUA a grande discursão vem sendo em torno do aumento de juros, com a economia americana dando sinais ainda de aquecimento, o que reduz as chances de o FED desacelerar o ritmo do aperto monetário.
O mercado tenta agora precificar qual seria a taxa terminal desse aperto, com muitos apostando no patamar entre 5% e 6% ao ano.
Dirigentes do FED vem sinalizando que ainda não seria adequado encerrar ou pausar o ritmo de aperto.
Análise Técnica
O S&P500 terminou o pregão dessa quarta-feira com uma leve queda de 0,53% aos 3.967 pontos.
O ativo está fazendo um movimento mais lateral nos últimos quatro pregões, ou seja, não conseguiu superar ou perder patamares importantes.
Dessa forma, para que haja uma retomada da expectativa positiva, é importante o ativo superar e se manter acima dos 4.010 pontos onde aumentaria a probabilidade de voltar a ser negociado nos 4.118 pontos.
Já a perda dos 3.944 pontos indica que o ativo pode passar por um processo de correção no curto prazo (buscando a média móvel), ou até mesmo continuar essa correção de maneira lateral.
Commodities
O petróleo vem operando em baixa em meio a um noticiário mostrando novos casos de covid, principalmente na China, o que eleva mais ainda receios a uma desaceleração global praticamente contratada.
O minério de ferro vem mostrando sinais de desaceleração após altas sucessivas reagindo a estímulos na economia chinesa, precisamente no setor imobiliário.
Agora os investidores acompanham os desdobramentos de possivelmente mais uma nova onda de covid.
Análise Técnica
O petróleo fechou essa quarta-feira com uma queda de 1,21% aos USD 91,96/barril.
Se mantendo em uma região mais travada de preço entre os 89,58 e 97,71, porém com um viés mais negativo no curto prazo.
Dessa forma, o ativo retoma uma expectativa mais positiva, falando de tendência, se voltar a ser negociado acima dos USD 97,71/barril.
Já a perda dos USD 91,80/barril aumenta a probabilidade de o ativo entrar em um novo movimento de baixa, podendo voltar a ser negociado nos USD 89,58/barril.
Análise Técnica
Após forte queda na segunda-feira, o petróleo fechou essa terça com uma alta de 1,41% aos USD 93,09/barril.
O ativo de encontra em uma região mais travada de preço entre os 89,58 e 97,71.
Dessa forma, o ativo retoma uma expectativa mais positiva, falando de tendência, se voltar a ser negociado acima dos USD 97,71/barril.
Já a perda dos USD 91,80/barril aumenta a probabilidade de o ativo entrar em um novo movimento de baixa.
Analistas responsáveis
Dalton Vieira – Analista CNPI-T
- + 15 anos de experiência no mercado financeiro;
- Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910);
- Credenciado pela Apimec desde 2010;
Desenvolvedor do método DV de investimentos.
Leonardo Gibelli – Analista CNPI-T
- Analista CNPI-T;
- Analista CNPI-T EM-3376 credenciado pela Apimec;
- Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Erik Sala – Especialista Em FIIs E Renda Fixa
Graduando em Economia pela UFG e especialista em Fundos Imobiliários. Assistente de análise responsável pela carteira DV Renda Imobiliária.
Disclaimer
De acordo com a Resolução CVM nº 20, de 25 de fevereiro de 2021, Art. 21º, declaro que as análises realizadas neste relatório refletem única e exclusivamente a opinião dos autores, e foram elaboradas de forma independente e autônoma.
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DVinvest
A DVinvest é a casa de análise fundada pelo renomado analista Dalton Vieira, que possui em sua equipe profissionais altamente especializados em análise fundamentalista e técnica de ações.
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