Olho no FED, outro no Payroll

Macro

O macro agora se volta para as próximas pistas que a economia americana possa dar sobre o ritmo de aperto monetário nos EUA.

Após falas em tom mais altista por parte do presidente do FED o mercado tende a calibrar a aposta não somente do próximo aperto, mas também da taxa terminal dos juros.

Hoje sai o payroll americano e são esperados 195 mil novos empregos adicionados.

A China vem demonstrando sinais de alívio na política de Covid zero que tem ajudado a impulsionar as principais commodities mundo a fora com melhoras na perspectiva de demanda.

Mercado local fica atento aos nomes que, aos poucos, vem à tona na composição do novo governo Lula.

Nome do Meirelles chegou a ser aventando ontem para o cargo na Economia, desde que tenha autonomia para indicar alguns cargos de liderança em bancos como o Banco do Brasil (BBAS3).

Os próximos passos no fiscal brasileiro vêm ganhando notoriedade entre os investidores com a chamada PEC de transição que deve permitir mais um furo no teto de gastos para acomodar os auxílios prometidos em campanha.

Para um governo que tem pouca margem no congresso, acordos respaldados em orçamentos devem se tornar frequentes.

Mercado Interno

Por aqui o mercado segue de olho na temporada de balanços do 3T22.

A Petrobras aprovou ontem o pagamento de BRL 43,7 bi em dividendos elevando o total pago em dividendos para BRL 180 bi apenas em 2022.

A estatal tem sofrido com bastante especulação sobre possíveis interferências do governo petista na Companhia. O histórico não é dos melhores.

Em seu balanço divulgado, a PETR registrou lucro líquido de BRL 46,1 bi no 3T22 com EBITDA de BRL 91,42 bi números em linha com o esperado pelo mercado.

Empresas que já divulgaram balanço vêm surpreendendo positivamente os analistas. Sanepar, JSL, Copasa e Multiplan foram os destaques positivos com lucro líquido acima das expectativas.

Análise Técnica

O Ibovespa terminou o último pregão com uma leve queda de 0,03% aos 116.895 pontos.

Durante o dia, o ativo chegou a apresentar uma queda de 2,09%, porém conseguiu se recuperar e fechar praticamente no zero a zero.

Ou seja, apesar desse fechamento, o índice pode ainda buscar regiões mais acima.

Vale salientar que o ativo está próximo aos 117.560 pontos, um nível importante de preço.

Em que para a retomada de uma perspectiva de alta mais clara, é importante que volte a ser negociado acima desse nível, podendo posteriormente buscar patamares mais acima, como os 119.930 pontos (máxima do mês de outubro).

O primeiro sinal negativo seria a perda dos 115.330 pontos, perdendo a mínima do último pregão e a região de média móvel, trazendo um viés mais negativo.

Mercado Externo

No externo, as bolsas registram alta com a melhora nas restrições chinesas ao coronavírus com as bolsas na Ásia marcando as maiores altas em anos.

Pelo mesmo motivo, mercado de commodities também passa por altas com melhora na demanda, puxando ações de empresas do setor, como mineradoras.

Os investidores estavam à espera de alguma sinalização positiva vindo do gigante asiático desde o Congresso do Partido Comunista Chinês.

Análise Técnica

O S&P500 terminou o pregão desta quinta-feira no campo negativo continuando o movimento de baixa, com -1,06% aos 3.719 pontos.

O índice perdeu um nível de preço importante aos 3.746 pontos, aumentando a expectativa negativa, em que pode buscar patamares mais abaixo, como os 3.650 pontos.

Dessa forma, para a retomada de um viés mais positivo, é importante que o índice volte a ser negociado nos 3.845 pontos, superando as médias móveis e consequentemente, demonstrando força para a retomada de alta.

Já no médio prazo, o índice ainda se encontra em tendência de baixa e estaria passando por um processo de correção.

Em que já devolveu praticamente toda a alta da semana anterior.

A perda dos 3.741 pontos indica que o índice pode retomar essa tendência, onde o próximo nível mais importante abaixo seria os 3.583 pontos.

Commodities

Com as boas notícias vindo da China, as principais commodities metálicas e agrícolas ganharam força nas bolsas. Na bolsa de Chicago, soja e milho registram alta.

O Petróleo consegue firmar acima dos USD 90/barril enquanto o minério de ferro avança para o primeiro fechamento positivo no semanal em meses.

Análise Técnica

O petróleo fechou no campo negativo, com -1,32% aos USD 94,14/barril.

Apesar dessa baixa o ativo não perdeu níveis importantes e consegue se sustentar acima das médias móveis, o que traz um viés mais positivo no curto prazo.

Dessa forma, a expectativa para os próximos dias é mais positiva, onde a superação dos USD 95,67/barril aumenta essa probabilidade.

Em que o próximo nível importante mais acima seria os USD 97,70/barril, onde foi a máxima do mês de outubro.

O que reverteria esse cenário, trazendo um cenário mais negativo, seria a perda dos USD 92,41/barril.

Em que, perderia a zona de médias móveis e um nível de preço importante.

Analistas responsáveis

Dalton Vieira – Analista CNPI-T

• + 15 anos de experiência no mercado financeiro;
• Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910);
• Credenciado pela Apimec desde 2010;
  
  Desenvolvedor do método DV de investimentos.

Henrique Tavares – Analista CNPI

• Analista CNPI (CNPI EM-3176);
• Credenciado pela Apimec;
• Formado em Engenharia Aeronáutica pela Universidade Federal Uberlândia (UFU).

Leonardo Gibelli – Analista CNPI-T

• Analista CNPI-T;
• Analista CNPI-T EM-3376 credenciado pela Apimec;
• Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

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