Prejuízo da Braskem (BRKM5) sobe 385% no 2T24, a R$ 3,73 bi
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Prejuízo da Braskem (BRKM5) sobe 385% no 2T24, a R$ 3,73 bi
8 ago 2024•Última atualização: 8 agosto 2024
A Braskem (BRKM5) divulgou um prejuízo de R$ 3,736 bilhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), uma alta de 385% em relação às perdas de R$ 771 milhões no mesmo período de 2023.
De acordo com a Braskem, o prejuízo líquido foi causado principalmente pelo impacto negativo de R$ 4,5 bilhões decorrente da variação cambial no resultado financeiro, consequência do efeito da depreciação do real sobre a exposição líquida da companhia no período.
Além disso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado atingiu R$ 1,667 bilhões no 2T24, um crescimento expressivo de 137% em relação aos R$ 703 milhões registrados no 2T23.
A receita líquida totalizou R$ 19,075 bilhões no 2T24, um incremento de 7% em comparação aos R$ 17,756 bilhões obtidos no mesmo período do ano passado. Este desempenho foi impulsionado pelo aumento nas vendas de produtos petroquímicos e pela valorização do dólar frente ao real.
Confira abaixo outros destaques financeiros divulgados pela empresa:
Acesse o relatório completo no site da empresa.
Análise
Renato Reis, analista fundamentalista da DVinvest, comenta que o resultado foi satisfatório, destacando a melhora no segmento de distribuição devido a um reajuste nas tarifas e ao aumento no volume faturado.
Por outro lado, ele observa que a parte de geração teve um desempenho mais fraco.
"De forma geral, já vejo a empresa bem precificada no valor atual, mas ela segue como uma boa opção para investidores que gostam de empresas mais estáveis e que pagam dividendos," avalia Reis.
Além da Braskem, confira os resultados corporativos do 2T23 já divulgados pelas empresas.
Histórico de resultados Braskem (BRKM5)
Agora, confira o histórico de resultados da Braskem (BRKM5), com um resumo dos principais números levantados no relatório da empresa, além da análise do especialista. Boa leitura!
Balanço Braskem 4T23
A Braskem (BRKM5), empresa gigante do setor petroquímico, reportou prejuízo líquido de R$ 1,575 bilhão no quarto trimestre de 2023 (4T23), o que representa uma queda de 8% na base anual.
Além disso, o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente ficou em R$ 1,049 bilhão, avanço de 13% em relação ao trimestre anterior.
Análise
"Achei o resultado bem interessante. O terceiro trimestre parece ter marcado um fundo em termos operacionais, com os spreads atingindo patamares mínimos. No trimestre atual os valores já começaram um movimento de recuperação, melhorando a rentabilidade da empresa", avalia Renato Reis.
Para ele, o preço de tela já reflete um cenário de normalidade para a empresa. "Então, não vejo tanto potencial de alta, mas é uma ação que possui alguns fatores 'extracampo' que podem impactar a cotação, seja no lado positivo com a aquisição da Braskem por outra empresa ou seja no lado negativo, com a multa de Maceió podendo ser ainda mais alta".
"Devido a esses fatores de risco, além de uma ação relativamente bem precificada, eu prefiro ficar de fora no momento", finaliza o analista.
Além da Braskem (BRKM5), confira os resultados corporativos do 4T23 divulgados pelas empresas.
Balanço BRKM5 3T23
A Braskem (BRKM5), maior produtora de resinas das Américas e líder global em biopolímeros, reportou um prejuízo de R$ 2,418 bilhões no 3T23. O volume é 119,2% maior ante as perdas de R$ 1,103 bilhão no 3T22.
Por outro lado, segundo a empresa, o resultado foi superior ante os três meses imediatamente anteriores. Quando o prejuízo apurado foi de R$ 771 milhões. Os números são do balanço trimestral divulgado na quarta-feira, 8.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recorrente atingiu R$ 921 milhões no período, queda de 53% ante um ano. No intervalo trimestral, contudo, foi registrado avanço de 31%.
Por fim, a receita líquida somou R$ 16,676 bilhões, queda de 34% ante um ano e recuo de 6% na comparação com os três meses imediatamente anteriores.
Análise
Renato Reis diz que a empresa ainda está passando pela pior fase de seu ciclo, com os spreads entre os insumos (derivados de petróleo) e os químicos reduzindo cada vez mais. Isso fruto de uma manutenção no preço do petróleo em um nível alto, enquanto os químicos estão passando por um período de excesso de oferta e demanda em queda, o que jogou os preços no chão.
Além disso, houve um problema no fornecimento de gás para o México, o que afetou ainda mais o resultado do trimestre. “Já embutindo melhorias nos spreads para um nível em linha com o histórico, a empresa teria esse preço alvo. Porém, caso surpreenda positivamente, pode valer até mais, especialmente caso seja adquirida por um valor maior”, diz,
Por fim, segundo ele, a entrada no papel hoje visaria puramente uma reversão do ciclo do produto, “mas eu esperaria os resultados começarem a melhorar antes de entrar.”
Balanço BRKM5 2T23
A Braskem (BRKM5) informou que obteve prejuízo líquido de R$ 771 milhões no segundo trimestre de 2023. Ou seja, uma redução de 45% em relação à perda de R$ 1,406 bilhão apurada no mesmo período do ano anterior.
Além disso, o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente totalizou R$ 703 milhões no 2T23. O que significa uma redução de 82% em relação ao 2T22.
Por outro lado, a receita líquida somou R$ 17,756 bilhões no segundo trimestre deste ano, um recuo de 30% na comparação com igual etapa de 2022.
Análise
Renato Reis avalia o resultado como ruim. “A queda na demanda global, somado a uma normalização nos preços dos químicos, afetaram de modo relevante os spreads cobrados. O que impactou negativamente a receita da empresa e suas margens de lucro.”
De acordo com ele, a empresa tem resultados muito voláteis. Dessa forma, caso consiga melhorar no futuro, pode subir bastante. “Por outro lado, agora passa por um momento muito delicado do ciclo e seu endividamento está se tornando cada vez mais relevante.
Redação It's Money
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