Cenário externo para o segundo semestre é menos favorável para as exportações, mostra FGV
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Cenário externo para o segundo semestre é menos favorável para as exportações, mostra FGV
22 ago 2023•Última atualização: 20 junho 2024
O saldo da balança comercial foi de US$ 8,9 bilhões em julho, um aumento de US$ 3,5 bilhões em relação a igual período de 2022. No acumulado do ano até julho, o superávit foi de US$ 53,6 bilhões, superior em US$ 13,9 bilhões ao do acumulado do mesmo período em 2022.
As informações estão no Indicador de Comércio Exterior (Icomex) da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta terça-feira (22).
O resultado do acumulado de julho de 2023 foi o maior na série histórica iniciada em 1998. O Relatório Focus do Banco Central de 21 de agosto projeta um saldo comercial de US$ 71,70 bilhões, um aumento de US$ 4,14 bilhões, se comparado com a estimativa de quatro semanas anteriores.
A melhora no valor do superávit está associada ao aumento do volume exportado e ao recuo no volume importado, pois os preços caíram para os dois fluxos.
O volume exportado cresceu 13,3% e o importado caiu 5,3%, na comparação interanual do mês de julho entre 2022 e 2023; e os preços recuaram 14,7% (exportações) e 13,6% (importações), levando a uma queda, em valor, de 3,1% para as exportações e 18,2% nas importações.
No acumulado até julho, o mesmo comportamento se repete: volume exportado cresce, o importado recua e os preços caem, embora as variações sejam menores que na comparação mensal. Em termos de valor, as importações recuaram em 8,8% e as exportações aumentaram 0,1%.
Os resultados para as exportações dependem principalmente do desempenho das commodities, que explicam cerca de 70% das vendas externas do país. Na comparação mensal, o volume exportado foi de 16,8% e na do acumulado do ano até julho de 9,8%.
Os preços caíram na base mensal (-17,0%) e na do acumulado do ano (-8,6%). O volume das não commodities caiu 1,1% entre os meses de julho e cresceu 0,6% entre os acumulados do ano até julho.
No caso das importações, predominam as não commodites, com participação ao redor de 90% das compras brasileiras do exterior. O aumento do volume das commodities importadas na base mensal (+1,9%) ou na acumulada até julho (+11,4%) têm pouca relevância perto da queda das importações das não commodities: -6,2% (mensal) e -2,5% (no acumulado até julho).
Em adição, o recuo nos preços importados das commodities superou a variação positiva dos volumes dessas, enquanto o das não commodities reforçou a tendência de queda. O resultado final, como já mencionado, foi a queda no valor das importações
Redação It's Money
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