Consumo das famílias cresce 0,9% no trimestre, mostra IBGE
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Consumo das famílias cresce 0,9% no trimestre, mostra IBGE
1 set 2023•Última atualização: 20 junho 2024
O consumo das famílias apresentou um aumento de 0,9% durante o segundo trimestre, registrando a maior alta desde o mesmo período do ano passado, quando o avanço foi de 1,6%.
Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa tendência positiva é atribuída a diversos fatores, como a melhora constante no mercado de trabalho. Além disso, também houve um aumento no acesso ao crédito e na implementação de medidas governamentais. Entre elas, incentivos fiscais e reajustes nos programas de transferência de renda, com destaque para o Bolsa Família.
No entanto, alguns obstáculos persistem, como as taxas de juros elevadas, que dificultam o consumo de bens duráveis. Ademais, o endividamento das famílias, que, apesar dos programas de renegociação de dívidas, também requer um período de tempo de recuperação.
Além do crescimento do consumo das famílias, o consumo do governo também registrou um aumento de 0,7% em relação ao trimestre anterior. O número marca o quarto resultado positivo consecutivo.
Investimentos
Quanto aos investimentos, representados pela Formação Bruta de Capital Fixo, observou-se uma estabilidade, com uma variação de apenas 0,1%, segundo o IBGE.
Além disso, a taxa de investimento, que corresponde à parcela de investimentos em relação à produção total de bens e serviços finais do país, ficou em 17,2% do PIB. O resultado veio abaixo do valor registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de 18,3%.
Esse cenário está relacionado à redução da produção interna de bens de capital. Tais como máquinas e equipamentos usados na produção de outros produtos por mais de um período.
Outro indicador que merece atenção é a taxa de poupança, que diminuiu de 18,4% no segundo trimestre do ano passado para 16,9% no mesmo período deste ano.
Essa queda era esperada e já vem ocorrendo desde o primeiro trimestre. Durante a pandemia, houve um aumento na taxa de poupança, pois as famílias de maior renda, diante das restrições de consumo de certos serviços, pouparam o dinheiro excedente. Com a normalização da demanda e oferta de serviços, a taxa de poupança acabou diminuindo.
No âmbito do comércio exterior, tanto as exportações de bens e serviços quanto as importações registraram crescimento em relação ao primeiro trimestre deste ano. As exportações apresentaram uma alta de 2,9%, enquanto as importações tiveram um aumento de 4,5%, indicando uma dinâmica mais ativa no comércio internacional durante esse período.
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Redação It's Money
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