Consumo nos lares brasileiros avança 4,24% de junho para julho
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Consumo nos lares brasileiros avança 4,24% de junho para julho
31 ago 2023•Última atualização: 20 junho 2024
O consumo nos lares brasileiros apresentou um aumento de 4,24% durante o mês de julho, em comparação com o mês anterior. As informações são da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Além disso, em relação a julho do ano passado, o avanço foi de 3,37%. No acumulado do ano, chegou a 2,52%. Entretanto, é importante ressaltar que todos esses indicadores são ajustados de acordo com o IPCA, a inflação oficial do país medida pelo IBGE.
De acordo com Marcio Milan, vice-presidente da Abras, a queda significativa nos preços dos alimentos para consumo doméstico em julho ressalta a necessidade contínua de medidas para combater a inflação.
Milan observou que "a busca por produtos de menor custo reflete o comportamento de 54% dos brasileiros na hora de montar a lista de compras para suas casas".
Ademais, Abras também alertou sobre os preços dos produtos agrícolas, carnes, laticínios e alimentos industrializados. Eles podem subir devido aos aumentos nos preços dos combustíveis, especialmente o óleo diesel.
"Além dos repasses imediatos pelos fornecedores, a reintrodução de impostos sobre os combustíveis prevista para o início de setembro deverá exercer ainda mais pressão sobre os preços no varejo. Com essa medida, o diesel terá um acréscimo de R$ 0,11 por litro em setembro. E mais R$ 0,03 por litro em outubro", alertou a Abras.
Produtos de consumo
Nesse sentido, os dados da associação revelam que o custo da cesta de 35 produtos de consumo amplo teve uma queda de 1,51% em julho em comparação com junho. Essa cesta inclui alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza,
Entretanto, em média, os preços dessa cesta diminuíram de R$ 741,23 para R$ 730,06. Esse é o valor mais baixo registrado desde fevereiro de 2022 (R$ 719,06).
Regionalmente, a maior queda ocorreu na Região Sudeste (-1,58%). A lista é seguida pelo Sul (-1,13%), Nordeste (-1,13%), Norte (-1,05%) e Centro-Oeste (-1%). A redução mais significativa foi nos preços dos produtos lácteos, da proteína animal e nas cestas de higiene e limpeza.
Por outro lado, dentro da categoria de produtos lácteos, destacaram-se as quedas nos preços do leite longa vida (-1,86%), leite em pó (-0,48%), margarina cremosa (-0,13%) e queijos muçarela e prato (-0,20%).
As carnes continuaram a tendência de redução observada no primeiro semestre. Houve quedas do dianteiro (-2,47%), cortes do traseiro (-2,44%), frango congelado (-2,27%) e pernil (-1,44%) registrando quedas. Pela primeira vez em 2023, os preços dos ovos permaneceram estáveis (0,01%).
Entre os itens essenciais, o açúcar refinado foi o único a apresentar aumento (+1,58%). As maiores quedas foram observadas nos preços do feijão (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), café torrado e moído (-1,58%) e farinha de mandioca (-1,54%).
Por fim, na categoria de higiene e beleza, as principais quedas foram nos preços do xampu (-0,69%), sabonete (-0,11%) e papel higiênico (-0,03%). No segmento de produtos de limpeza, o sabão em pó registrou uma redução de 0,80% nos preços.
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Redação It's Money
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