EGIE3: análise de resultado corporativo da Engie
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EGIE3: análise de resultado corporativo da Engie
28 fev 2024•Última atualização: 20 junho 2024
A Engie (EGIE3) divulgou lucro líquido de R$ 948 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), o que representa um crescimento de R$ 57 milhões ou 6,4% em relação ao mesmo trimestre de 2022.
De acordo com o release de resultados emitido pela empresa, o acréscimo é consequência da combinação da variação de efeitos não recorrentes com impacto líquido positivo de R$ 143 milhões; da redução de R$ 97 milhões no Ebitda ajustado; da redução de R$ 13 milhões do imposto de renda e da contribuição social, considerando as transações recorrentes; do aumento de R$ 6 milhões da depreciação e amortização; e do efeito positivo de R$ 4 milhões do resultado financeiro líquido.
Além disso, em bases anuais, o lucro líquido passou de R$ 2.665 milhões em 2022 para R$ 3.429 milhões em 2023, ou seja, acréscimo de R$ 764 milhões ou 28,7%.
O Ebitda ajustado foi de R$ 7,270 bilhões, aumento de 4,7%. “Considerando os efeitos não recorrentes de impairment líquido, alienação de subsidiária e indenização de seguros, o Ebitda aumentou R$ 495 milhões (7,3%) entre os anos, passando de R$ 6,790 bilhões em 2022 para R$ 7,285 bilhões em 2023” aponta o release.
Receita
No quarto trimestre de 2023, a receita operacional líquida reduziu 12,6% (R$ 391 milhões) quando comparada ao mesmo período de 2022, passando de R$ 3.102 milhões para R$ 2.711 milhões.
Além disso, a receita operacional líquida da companhia foi de R$ 10.748 milhões no ano de 2023, 9,7% (R$ 1.159 milhões), menor do que a de 2022.
No entanto, o preço médio dos contratos de venda de energia, líquido dos tributos sobre a receita e das operações de trading, foi de R$ 226,42/MWh em 2023, valor 1,6% superior ao registrado em 2022.
Ainda, a quantidade de energia vendida em 2023, sem considerar as operações de trading, foi de 35.816 GWh (4.088 MW médios), volume 5,6% inferior ao comercializado em 2022.
Resultados Engie (EGIE3)
- Lucro líquido ajustado: no ano de 2023 foi de R$ 3,421 bilhões, 23,8% acima do alcançado em 2022;
- Ebitda ajustado: foi de R$ 7,270 bilhões, aumento de 4,7%. Já a margem Ebitda ajustada foi de 67,6% em 2023, acréscimo de 9,3 p.p;
- Receita operacional líquida: a receita operacional líquida atingiu R$ 10,748 bilhões no ano de 2023, 9,7% menor que o montante apurado em 2022;
- O Conselho de Administração aprovou a proposta de distribuição de dividendos obrigatórios e complementares no montante de R$ 994,5 milhões (R$ 1,2188/ação), a ser ratificada pela Assembleia Geral Ordinária (AGO).
Análise de resultado EGIE3 (4T23)
“O resultado foi ok, sem muitas surpresas positivas ou negativas. Na parte da receita, o valor reduziu devido a venda de alguns ativos e a fatores não recorrentes que não se repetiram, dessa forma, o valor atual é mais próximo de uma realidade futura para ela”, avalia Renato Reis, analista fundamentalista na DVinvest.
De acordo com o analista, na parte de custos, o ano de 2023 tinha sido muito bom, porém, não recorrente, então a empresa já começa a dar sinais de que está voltando ao patamar anterior.
Ademais, Renato conclui que, para quem gosta de empresas sólidas, a Engie é uma boa opção, mesmo não apresentando um potencial de alta relevante.
Ainda, o relatório exclusivo da DVinvest detalha que a empresa apresentou uma boa taxa de crescimento ao longo dos anos, porém, que está reduzindo desde 2021, atingindo um patamar próximo ao normal em 2023, dessa forma, o ano de 2024 já promete ser mais positivo.
Nos custos e despesas, o valor reduziu ao longo dos anos devido a ganhos de eficiência, mas reduziu em 2023 devido a fatores não recorrentes e já está voltando para o nível anterior.
Por fim, a dívida da empresa é relativamente alta, mas os vencimentos são longos, não gerando preocupações no momento.
Além da EGIE3, confira os resultados corporativos do 4T23 já divulgados pelas empresas.
Histórico de resultados EGIE3
Agora, confira abaixo o histórico de resultados da Engie (EGIE3), com um resumo dos principais números levantados no reporte das empresa, além da análise do especialista. Boa leitura!
Balanço corporativo EGIE3 (3T23 )
A Engie (EGIE3) reportou lucro líquido de R$ 867 milhões no 3T23, um aumento de 18,1% em relação a igual período do ano passado, de R$ 734 milhões.
Já o lucro líquido ajustado no 3T23 foi de R$ 928 milhões, valor 30,9% (R$ 219 milhões) acima do alcançado no 3T22.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado foi de R$ 1,768 bilhão, alta anual de 23,5%. Isso levou a um incremento da margem Ebitda ajustada de 18,2 p.p. (pontos percentuais), para 70,3%.
Em seu release de resultados, a empresa explica que a “variação foi consequência da combinação dos seguintes efeitos positivos: R$ 318 milhões (278,9%) oriundos do segmento de transmissão de energia; bem como R$ 118 milhões (58,4%) decorrentes de maior resultado de participação societária em controlada em conjunto – TAG”.
Além da Engie, confira os resultados corporativos do 3T23 já divulgados pelas empresas.
Receita
A receita líquida somou R$ 2,514 bilhões no terceiro trimestre deste ano, ou seja, uma diminuição de 8,5% na comparação a 2022.
Já a quantidade de energia vendida no 3T23, sem considerar as operações de trading, foi de 8.574 GWh (3.883 MW médios), volume 9,4% inferior ao comercializado no 3T22.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) atingiu 37% no 3T23, um avanço de 3,8 p.p. na base anual. Com isso, o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 326 milhões no 3T23, uma elevação de 15,2% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.
Os investimentos totais da Engie Brasil Energia no 3T23 foram de R$ 741 milhões. Ao final de setembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 15,335 bilhões, um crescimento de 2,4% na comparação com final de junho de 2023.
Análise de resultado EGIE3 (3T23)
Para Renato Reis, analista fundamentalista da DVinvest que faz análises dos resultados corporativos para o It’s Money, a receita segue reduzindo devido a uma junção de um menor preço de venda na energia e uma redução na quantidade gerada, fruto de menores chuvas na região Sul.
Por outro lado, segundo ele, com um maior reajuste nas tarifas de transmissão, a rentabilidade da empresa cresceu, algo bastante positivo.
“A dívida é um pouco alta, mas a Engie é bem lucrativa, então não vejo ela apresentando problemas quanto ao pagamento. Não sou muito fã do preço do papel, mas é uma empresa que entrega bons resultados regularmente e está em um setor bem estável, então não vejo problema em ter um pouco do papel na carteira.”
Balanço corporativo EGIE3 (2T23 )
A Engie Brasil Energia (EGIE3) fechou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido ajustado de R$ 806 milhões, alta de 56,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Sem ajustes, o lucro líquido da empresa somou R$ 733 milhões, alta de 85,6% em base anual de comparação.
Além disso, no 2T23, a Engie registrou receita operacional líquida de R$ 2,6 bilhões. Queda de 12,9% frente ao 2T22, motivada, principalmente, pela conclusão da implantação dos Sistemas de Transmissão Gralha Azul e Novo Estado.
Por outro lado, o Ebitda ajustado registrou queda de 5,2%, atingindo R$ 1,8 bilhão no 2T23, com margem Ebitda ajustada de 68,9% (+5,6 p.p.).
Já o Ebitda ajustado por efeitos de transmissão (excluindo os efeitos não-caixa) apresentou aumento de 10,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. De R$ 1,7 bilhão para R$ 1,9 bilhão.
Análise de resultado EGIE3 (2T23)
Para o analista da DVinvest, Renato Reis, o resultado da Engie veio ok. "A receita segue caindo devido ao IPCA mais baixo e ao término de diversas obras no setor de transmissão que inflavam a receita"
Por outro lado, segundo ele, sem as obras, os custos reduziram bastante e a margem de lucro da empresa melhorou.
"Acho uma boa empresa, mas já está no preço, é uma boa opção para quem gosta de opções mais defensivas". finaliza.
Redação It's Money
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