Entenda como funciona a taxa de juros nos EUA
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Entenda como funciona a taxa de juros nos EUA
13 jun 2023•Última atualização: 21 junho 2024
Com a maior economia do mundo, os Estado Unidos influenciam mercados em diferentes países, principalmente no Brasil. Por isso, é importante entender como funciona a taxa de juros nos EUA para saber os impactos na nossa economia e, também, nos investimentos.
A política monetária norte-americana é conduzida pelo Federal Reserve Bank (FED), que funciona com várias ferramentas para alcançar seus objetivos de estabilidade de preços e pleno emprego. Confira abaixo com detalhes como funciona a política monetária dos EUA.
Como funciona a taxa de juros nos EUA
Assim, o FED pode aumentar ou diminuir a taxa de juros de curto prazo, chamada de Federal Funds Rate, que é a taxa cobrada entre bancos pelo empréstimo de dinheiro que fazem uns aos outros durante a noite.
É algo parecido com o que ocorre no Brasil –os bancos precisam fechar o dia com o caixa no azul e por isso fazem essas transações interbancárias.
Quando o FED aumenta a taxa de juros, ele torna o dinheiro mais caro e reduz a sua oferta na economia e vice-versa. Assim, pode controlar a inflação no país.
Cenário de inflação
Agora, o FED está em um processo de alta nos juros por conta do cenário de alta de preços no país. Atualmente, a taxa de juros dos EUA está entre 5,25% e 5,5% ao ano.
Os Estados Unidos vêm enfrentando um quadro elevado de inflação por diferentes motivos, entre eles, estímulos fiscais e monetários maciços implementados para enfrentar a pandemia da Covid-19, turbulência no setor bancário, além da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Impactos no Brasil
Nesse sentido, a alta de juros nos Estados Unidos tem trazido bastante volatilidade para os mercados no mundo todo.
Isso porque, juros mais altos significam maiores custos de financiamento no longo prazo para as empresas. Além disso, há a redução do preço considerado justo para ações.
Assim, o receio de que o processo de alta de juros acabe levando a maior economia do mundo para uma recessão é uma preocupação global. Afinal, como já citamos, juros mais altos têm o objetivo de frear a inflação, porém, o efeito colateral é um freio na própria economia.
Dessa forma, investidores ficam mais avessos ao risco, se afastando de investimentos mais arriscados, como em países emergentes. Como consequência, afeta moedas como o Real, que perdem valor com a saída de capital estrangeiro.
Como resultado, com os juros em patamares relativamente baixos no Brasil e a taxa de juros nos EUA mais elevada, a diferença entre os ganhos no Brasil e nos Estados Unidos diminuiu. Ao mesmo tempo, a renda variável representa um risco maior.
Investidores experientes acompanham de perto esse movimento e tomam decisões com base em suas próprias estratégias e objetivos financeiros.
Por isso, assessorias de investimentos como a Blue3, podem ser valiosas para os investidores brasileiros que desejam manejar seus investimentos de acordo com o melhor caminho depois das decisões do FED.
Raissa Scheffer
Raissa Scheffer (MTB: 0051926/SP) é jornalista com 16 anos de experiência em economia. Foi repórter e editora na Gazeta de Ribeirão e Jornal ACidade. Com passagens pela EPTV Ribeirão, Portal Terra, TV Record e Portal Revide.
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