Inflação cai 0,08% em junho, mostra IBGE

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Inflação cai 0,08% em junho, mostra IBGE

11 jul 2023Última atualização: 21 junho 2024

Redação It's MoneyRedação It's Money

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,08% em junho, 0,31 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de maio (0,23%), informou nesta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa foi a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2022, a variação havia sido de 0,67%.

PeríodoTaxa
Junho de 2023-0,08%
Maio de 20230,23%
Junho de 20220,67%
Acumulado do ano2,87%
Acumulado nos últimos 12 meses3,16%

O resultado de junho foi influenciado principalmente pelas quedas em Alimentação e bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%), que contribuíram com -0,14 p.p. e -0,08 p.p, respectivamente, para o resultado do mês. Artigos de residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%) também registraram recuo nos preços no IPCA de junho.

No lado das altas, o maior impacto (0,10 p.p.) e a maior variação (0,69%) no índice do mês vieram de Habitação. Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 0,36% de Despesas pessoais.

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
MaioJunhoMaioJunho
Índice Geral0,23-0,080,23-0,08
Alimentação e bebidas0,16-0,660,04-0,14
Habitação0,670,690,100,10
Artigos de residência-0,23-0,42-0,01-0,02
Vestuário0,470,350,020,02
Transportes-0,57-0,41-0,12-0,08
Saúde e cuidados pessoais0,930,110,120,01
Despesas pessoais0,640,360,070,04
Educação0,050,060,000,00
Comunicação0,21-0,140,01-0,01

A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,66%) deve-se, principalmente, ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,07%), que haviam registrado estabilidade em maio. Destacam-se as quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). No lado das altas, batata-inglesa (6,43%) e alho (4,39%) subiram de preço.

alimentação fora do domicílio (0,46%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,58%), em virtude das altas menos intensas do lanche (0,68%) e da refeição (0,35%). Em maio, as variações desses subitens haviam sido de 0,71% e 0,47%, respectivamente.

Em Transportes (-0,41% e -0,08 p.p.), o resultado foi influenciado pelo recuo nos preços dos automóveis novos (-2,76%) e dos automóveis usados (-0,93%). Além disso, destaca-se o resultado de combustíveis (-1,85%), por conta das quedas do óleo diesel (-6,68%), do etanol (-5,11%), do gás veicular (-2,77%) e da gasolina (-1,14%). No lado das altas, as passagens aéreas subiram 10,96%, após queda de 17,73% em maio.

No grupo Habitação (0,69%), a maior contribuição (0,06 p.p.) veio da energia elétrica residencial (1,43%), devido a reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: Belo Horizonte (13,66%), com reajuste de 14,69%, a partir de 28 de maio; Recife (3,73%), com reajuste de 8,33%, a partir de 14 de maio; Curitiba (1,64%), com reajuste de 10,66% a partir de 24 de junho e Porto Alegre (-0,26%), com reajuste de 2,92% a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas.

A taxa de água e esgoto (1,69%) também registrou alta, por conta de reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: Belém (7,76%), com reajuste de 8,33%, a partir de 28 de maio; Curitiba (4,60%), com reajuste de 8,20%, a partir de 17 de maio; São Paulo (3,19%), com reajuste de 9,56%, a partir de 10 de maio, e Aracaju (0,30%), com reajuste de 4,92%, a partir de 1º de maio.

Ainda em Habitação, a queda nos preços de gás encanado (-0,04%) decorre da apropriação residual das reduções tarifárias de 3,05% em Curitiba (-0,20%) e de 0,59% no Rio de Janeiro (-0,04%), ambas a partir de 1º de maio. O preço do gás de botijão (-3,82%) também recuou.

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,11%) foi influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde (0,38%), decorrente do reajuste de até 9,63% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 13 de junho, com vigência a partir de maio de 2023 e cujo ciclo se encerra em abril de 2024. Desse modo, no IPCA de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho.

Cinco áreas apresentaram alta em junho. A maior variação foi em Belo Horizonte (0,31%), em função da energia elétrica residencial (13,66%), e menor, em Goiânia (-0,97%), influenciada pelas quedas na gasolina (-5,40%) e na energia elétrica residencial (-4,83%).

RegiãoPeso Regional (%)Variação (%)Variação
Acumulada (%)
MaioJunhoAno12 meses
Belo Horizonte9,690,480,313,462,54
Recife3,920,410,282,522,47
Aracaju1,030,350,263,252,76
Vitória1,860,010,063,103,76
Curitiba8,090,250,032,952,07
São Paulo32,280,24-0,013,124,44
Porto Alegre8,610,08-0,022,812,58
Belém3,940,01-0,092,603,13
Campo Grande1,570,30-0,142,912,43
Rio de Janeiro9,430,08-0,202,483,03
Salvador5,990,35-0,233,002,70
Fortaleza3,230,56-0,402,692,13
Brasília4,060,19-0,402,293,24
Rio Branco0,510,29-0,502,102,62
São Luís1,62-0,38-0,620,911,11
Goiânia4,170,15-0,972,061,30
Brasil100,000,23-0,082,873,16

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 30 de maio e 28 de junho de 2023 (referência) com os preços vigentes entre 29 de abril e 29 de maio de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC foi de -0,10% em abril

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de -0,10% em junho, abaixo do mês anterior (0,36%). No ano, o INPC acumula alta de 2,69% e, nos últimos 12 meses, de 3,00%, abaixo dos 3,74% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2022, a taxa foi de 0,62%.

Os produtos alimentícios caíram 0,66% em junho, após alta de 0,16% em maio. Nos produtos não alimentícios, houve alta de 0,08%, desacelerando em relação a maio (0,43%).

Doze áreas registraram queda em junho. O menor resultado foi em Goiânia (-0,86%), onde pesaram as quedas nos preços da gasolina (-5,40%) e da energia elétrica residencial
(-4,79%). A maior variação, por sua vez, foi em Recife (0,38%), puxada pelas altas na gasolina (4,09%) e na energia elétrica residencial (3,73%).

RegiãoPeso Regional (%)Variação (%)Variação
Acumulada (%)
AbrilMaioAno12 meses
Recife5,600,590,382,502,86
Belo Horizonte10,350,790,343,622,79
Aracaju1,290,660,283,283,07
Curitiba7,370,400,093,131,74
Vitória1,910,24-0,032,853,37
Porto Alegre7,150,12-0,082,672,13
São Paulo24,600,39-0,092,694,32
Belém6,950,13-0,102,793,28
Rio de Janeiro9,380,08-0,202,182,81
Campo Grande1,730,38-0,252,962,22
Fortaleza5,160,60-0,252,992,70
Rio Branco0,720,41-0,312,482,49
Salvador7,920,56-0,332,722,72
Brasília1,970,11-0,411,882,55
São Luís3,47-0,33-0,551,001,70
Goiânia4,430,16-0,861,911,85
Brasil100,000,36-0,102,693,00

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de maio a 28 de junho de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de abril a 29 de maio de 2023 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

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