IPCA-15 de maio: prévia da inflação sobe para 0,44%, impulsionada pela alta da gasolina
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IPCA-15 de maio: prévia da inflação sobe para 0,44%, impulsionada pela alta da gasolina
28 mai 2024•Última atualização: 12 junho 2024
A prévia da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), apresentou uma alta de 0,44% em maio, conforme divulgado hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Sendo assim, o resultado é 0,23 ponto percentual (p.p.), superior ao registrado em abril (0,21%).
A variação foi influenciada principalmente pelo aumento nos preços dos combustíveis e dos produtos farmacêuticos.
Principais influências no Índice
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram resultados positivos em maio.
Saúde e Cuidados Pessoais
O grupo de Saúde e cuidados pessoais teve a maior alta em maio, registrando um aumento de 1,07%.
Este movimento foi impulsionado pela elevação nos preços dos produtos farmacêuticos (2,06%), refletindo o reajuste de até 4,50% autorizado para os medicamentos desde 31 de março.
Outro destaque foi o subgrupo de higiene pessoal, que acelerou de 0,29% em abril para 0,87% em maio, puxado pelo aumento de 1,98% no preço dos perfumes.
Transportes
O grupo de Transportes também teve uma contribuição significativa, com uma alta de 0,77%.
A gasolina, principal item deste grupo, subiu 1,90%, impactando o índice geral em 0,09 p.p. Além disso, as passagens aéreas registraram um aumento de 6,04%, contribuindo com 0,04 p.p. para o índice.
Outros combustíveis como o etanol (4,70%) e o óleo diesel (0,37%) também apresentaram altas, enquanto o gás veicular teve uma ligeira queda de 0,11%.
Alimentação e Bebidas
A alimentação no domicílio subiu 0,22% em maio, com a cebola (16,05%), o café moído (2,78%) e o leite longa vida (1,94%) sendo os itens de maior destaque. Em contrapartida, houve quedas nos preços do feijão carioca (-5,36%), das frutas (-1,89%), do arroz (-1,25%) e das carnes (-0,72%). Já a alimentação fora do domicílio teve uma aceleração de 0,25% em abril para 0,37% em maio.
Outros grupos
Habitação
No grupo de Habitação, houve uma alta de 0,25%, influenciada principalmente pelo aumento da taxa de água e esgoto (0,51%), devido aos reajustes de 6,94% em São Paulo e 1,95% em Goiânia. A energia elétrica residencial também apresentou variações, com reajustes aplicados em Salvador (3,26%) e quedas em Recife (-1,08%) e Fortaleza (-3,69%).
Demais grupos
Outros grupos que tiveram alta em maio foram Vestuário (0,66%), Despesas pessoais (0,18%), Comunicação (0,18%) e Educação (0,11%). O único grupo a registrar queda foi Artigos de residência (-0,44%).
Variações regionais
Entre as regiões, Salvador teve a maior variação, com um aumento de 0,87%, puxado pelas altas na gasolina (6,89%) e na energia elétrica residencial (3,26%). Por outro lado, o Rio de Janeiro apresentou a menor variação, com 0,15%, influenciado pela queda nos preços do feijão preto (-10,38%) e das carnes (-1,56%).
Coleta de preços em Porto Alegre
Devido à situação de calamidade pública na região metropolitana de Porto Alegre, a coleta de preços foi intensificada de modo remoto, abrangendo cerca de 30% dos dados coletados. A coleta presencial continuou sendo realizada sempre que possível.
Acumulado do ano e dos últimos 12 meses
No acumulado do ano, o IPCA-15 registra alta de 2,12%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula uma variação de 3,70%, ligeiramente abaixo dos 3,77% registrados no período anterior. Em maio de 2023, o IPCA-15 foi de 0,51%.
Esses dados refletem as flutuações de preços em diversos setores da economia e suas implicações para o poder de compra dos consumidores. O comportamento dos preços dos combustíveis e dos produtos farmacêuticos, em particular, será monitorado de perto nos próximos meses para avaliar suas tendências e impactos futuros.
Fonte: Agência de Notícias IBGE
Redação It's Money
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