Marfrig (MRFG3) tem lucro líquido de R$ 75,4 mi no 2T24, revertendo prejuízo do ano anterior
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Marfrig (MRFG3) tem lucro líquido de R$ 75,4 mi no 2T24, revertendo prejuízo do ano anterior
14 jul 2023•Última atualização: 15 agosto 2024
A Marfrig (MRFG3) reportou um lucro líquido de R$ 75,4 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), uma significativa reversão em relação ao prejuízo de R$ 784 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
O resultado foi impulsionado pela forte performance da BRF, que contribuiu com uma margem Ebitda ajustada de 17,6%, ajudando a compensar o desempenho mais fraco das operações na América do Norte.
Já a receita líquida consolidada alcançou R$ 34,8 bilhões no 2T24, um crescimento de 16,5% em relação ao 2T23.
Além disso, o Ebitda ajustado totalizou R$ 3,4 bilhões, um aumento de 64,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, com uma margem Ebitda ajustada de 9,7%.
Confira abaixo outros destaques financeiros divulgados pela Marfrig:
- Receita líquida: R$ 34,8 bilhões (+16,5% a/a)
- Ebitda ajustado: R$ 3,4 bilhões (+64,8% a/a)
- Lucro líquido: R$ 75,4 milhões (reversão de prejuízo)
Análise
Renato Reis, analista fundamentalista da DVinvest, avaliou que operacionalmente o resultado teve dois destaques.
"O primeiro é a BRF apresentando ótima rentabilidade, suportando esse momento mais negativo nas operações da Marfrig nos EUA. O segundo é o spread bovino dos EUA, que basicamente dita a margem, se estabilizando em relação ao trimestre anterior, podendo sinalizar uma reversão no ciclo", comenta o analista.
"A dívida ainda é bem alta e o papel só deve caminhar para seu preço alvo na medida que a empresa se desalavanca, dessa forma, prefiro ficar de fora no momento", finaliza.
Veja outros resultados corporativos do 2T24 já divulgados pelas empresas.
Histórico de resultados Marfrig
Agora, confira abaixo o histórico de resultados da Marfrig, com um resumo dos principais números levantados no relatório da empresa, além da análise do especialista. Boa leitura!
Balanço Marfrig 4T23
A Marfrig (MRFG3) encerrou o terceiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 112 milhões, contra um lucro líquido de R$ 431 milhões no mesmo período de 2022.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 32,5%, para R$ 2,56 bilhões.
Análise
Renato Reis diz que, operacionalmente, o resultado foi fraco. “Com as margens comprimidas nos EUA devido ao momento péssimo do ciclo pecuário e a um excesso de oferta para as proteínas suínas e de aves. Porém, são ciclos que eventualmente vão ser revertidos, especialmente nos EUA, onde o preço do gado já começou a cair”, diz.
Além disso, como a Marfrig é muito endividada, o preço do papel acabava variando mais devido aos juros do que por conta do operacional.
“Por essa óptica, o resultado foi muito positivo, já que, a alavancagem da empresa reduziu de forma relevante no trimestre, consequência do follow on e da venda dos ativos para a Minerva. Se a Marfrig continuar nesse ritmo de desalavancagem, a virada do ciclo operacional pode ser extremamente positiva para o preço do papel. A recomendação é neutra apesar do potencial de valorização por conta do endividamento, que ainda é muito alto.”
Balanço Marfrig 2T23
A Marfrig (MRFG3), empresa de proteína animal, reportou prejuízo líquido de R$ 784 milhões no 2T23. Isso ante lucro líquido de R$ 4,255 bilhões no mesmo período de 2022.
Já o lucro antes de juros, impostos, amortização de depreciação (Ebitda) caiu 42,3%, para R$ 2,299 bilhões. Por outro lado, a receita líquida consolidada da companhia recuou 5,7%, para R$ 32,514 bilhões.
Análise
Renato Reis diz que um ponto negativo do excesso de alavancagem da empresa é que os juros consomem uma parte relevante da receita. Fazendo, assim, com que ela tivesse prejuízo em praticamente todos os anos da década passada.
“Operacionalmente, o cenário é bem negativo para a pecuária americana e para a BRF. Que só devem normalizar em 2024, o que me deixa ainda mais com o pé atrás.”
Por fim, o analista diz que não vê problemas em alocar uma parte pequena do portfólio na empresa, mas os riscos são excessivos.
Redação It's Money
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