PIB cresce 0,9% no segundo tri e fecha semestre com alta de 3,7%

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PIB cresce 0,9% no segundo tri e fecha semestre com alta de 3,7%

1 set 2023Última atualização: 20 junho 2024

Redação It's MoneyRedação It's Money
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Na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9%, oitavo resultado positivo consecutivo do indicador nessa comparação. O resultado é menor do que o registrado no primeiro trimestre (1,8%).

O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, totalizou R$ 2,651 trilhões em valores correntes no trimestre encerrado em junho.

Com esse resultado, houve avanço de 3,7% no primeiro semestre do ano. Nesse cenário, a atividade econômica do país opera 7,4% acima do patamar pré-pandemia. Referente ao quarto trimestre de 2019, ela atinge o ponto mais alto da série. O segundo maior patamar é o do trimestre anterior.

Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Assim, esse resultado levou a um avanço de 3,7% no primeiro semestre do ano. O número demonstra que a atividade econômica do país agora opera 7,4% acima do patamar pré-pandemia, que corresponde ao quarto trimestre de 2019, alcançando o ponto mais alto da série histórica.

O segundo trimestre seguido de crescimento positivo teve impacto principalmente no desempenho sólido da indústria (0,9%) e dos serviços (0,6%).

Setor de serviços

Devido ao fato de que as atividades de serviços representam cerca de 70% da economia nacional, o desempenho desse setor exerce uma influência considerável na expansão do PIB.

"O setor de serviços cresceu, em grande parte, pelos serviços financeiros, especialmente seguros, como seguros de vida, automóveis, patrimônio e risco financeiro. Além disso, os serviços voltados para empresas, como serviços jurídicos e contábeis, também se destacaram", explica Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

O setor de serviços registra 12 trimestres consecutivos sem variações negativas e também atingiu o ponto mais alto de sua série histórica.

Atividades industriais

As atividades industriais mantiveram-se positivas pelo segundo trimestre consecutivo, após uma variação de -0,2% nos últimos três meses do ano anterior. Esse crescimento no segundo trimestre está relacionado aos resultados positivos nas indústrias extrativas (1,8%), na construção (0,7%), na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos (0,4%) e nas indústrias de transformação (0,3%).

No setor de indústrias extrativas, o destaque vai para a extração de petróleo, gás e minério de ferro. Essa variação positiva no segundo trimestre representa o quinto período consecutivo de crescimento no setor extrativo.

Porém, a indústria como um todo permanece acima do nível pré-pandemia, mas ainda não conseguiu superar o ponto mais alto de sua série histórica, que foi alcançado no terceiro trimestre de 2013.

No entanto, o setor agropecuário foi o único dos três principais setores da economia a apresentar uma queda no trimestre (-0,9%). Essa retração ocorreu após um crescimento significativo de 21,0% no primeiro trimestre, principalmente devido à base de comparação elevada. Rebeca observa:

"Se analisarmos os dados em relação ao mesmo período do ano anterior, veremos que a agropecuária é a atividade que mais cresce. A desaceleração no segundo trimestre ocorreu porque a produção de soja, que é responsável por 60% da produção agrícola, é concentrada principalmente no primeiro trimestre. Com a diminuição da importância da soja no segundo trimestre, outros produtos, como o café, ganham maior participação, embora cresçam menos em comparação com o principal produto agrícola do país".

Em suma, o crescimento contínuo do PIB e o desempenho positivo em setores-chave da economia brasileira sinalizam uma recuperação sólida e constante.

Leia também: Indicadores econômicos: o que são e para que servem

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