PMI de serviços do Brasil cai para 54,1 em maio, mas ainda sinaliza expansão
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PMI de serviços do Brasil cai para 54,1 em maio, mas ainda sinaliza expansão
5 jun 2023•Última atualização: 21 junho 2024
O Índice de Atividade de Negócios do setor de Serviços para o Brasil da S&P Global, sazonalmente ajustado, registrou 54,1 em maio — uma queda em relação aos 54,5 registrados anteriormente, mas ainda sinalizando uma sólida expansão mensal das atividades de negócios do setor de serviços.
O índice de produção aumentou mês a mês nos últimos três meses. Os dados subjacentes apontaram crescimento nas atividades de cada um dos quatro grandes setores cobertos, liderados pelo setor de Serviços ao consumidor.
“Os dados do PMI de serviços para o Brasil revelam um setor em crescimento, onde novas oportunidades de negócios surgiram, o crescimento da produção permaneceu forte e a criação de empregos foi sustentada", explicou por meio de nota Pollyanna De Lima, Diretora Associada Econômica da S&P Global Market Intelligence.
Ainda de acordo com a diretora, 0 cenário econômico brasileiro apresenta uma forte narrativa de divergência setorial, com a indústria passando por dificuldades, enquanto setor de serviços prospera.
"Portanto, este último continua a desempenhar um papel vital de impulsionar a economia do país em meio a um cenário global que está em constante evolução, à medida que os elaboradores de políticas se esforçam para abordar os desafios enfrentados pelos fabricantes e para alcançar uma trajetória de crescimento equilibrado e sustentado”, completou Pollyanna De Lima.
O crescimento do setor de serviços contrasta com o enfraquecimento da indústria
O Índice Consolidado PMI® de Dados de Produção do Brasil da S&P Global subiu para 52,3 em maio, acima dos 51,8 do mês de abril, indicando a terceira expansão mensal sucessiva da atividade
de negócios do setor privado, a mais acelerada desde outubro passado.
Dito isso, a expansão geral permaneceu desigual e impulsionada pelo setor de serviços, já que a produção da indústria continuou a cair. Mesmo assim, a queda na produção industrial abrandou em
maio.
Um padrão semelhante foi observado em relação ao índice de novos pedidos e empregos, com o crescimento geral concentrado nos serviços.
A divergência entre os dois setores monitorados estendeu-se aos preços. Enquanto os fabricantes registraram reduções nos preços de insumos e de bens finais em maio, o setor de serviços continuou a sofrer fortes pressões inflacionárias.
Sendo assim, o setor privado como um todo registrou altas de preços ainda mais acentuadas. Por fim, a confiança nos negócios melhorou, atingindo o maior patamar em sete meses, com otimismo reforçado tanto na indústria quanto nos serviços.
Redação It's Money
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