Tabela de alíquotas: veja o valor do ICMS no seu estado
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Tabela de alíquotas: veja o valor do ICMS no seu estado
18 mai 2024•Última atualização: 20 junho 2024
Entender a tabela de alíquotas do ICMS é fundamental para qualquer empresa que opere no Brasil. Este imposto estadual afeta diretamente o custo das mercadorias e serviços, influenciando desde o preço final até a competitividade no mercado.
Neste artigo, vamos explorar as alíquotas do ICMS por estado, explicar as mudanças implementadas em 2024 e fornecer orientações essenciais para garantir a conformidade tributária. Fique por dentro das atualizações e saiba como calcular corretamente o imposto para suas operações comerciais.
Tabela de alíquotas ICMS: o que é?
A tabela de alíquotas ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é um documento essencial para empresas e contadores. Ela detalha as alíquotas, que são as porcentagens aplicáveis a diferentes tipos de produtos e serviços em cada estado do Brasil. Essas alíquotas variam de acordo com a natureza do produto, o estado de origem e destino da mercadoria.
É importante notar que alíquota não é o mesmo que imposto. A alíquota é a taxa utilizada para calcular o imposto.
O imposto, por sua vez, é o valor monetário final que será pago ao governo, determinado aplicando-se a alíquota sobre a base de cálculo relevante. Por isso, compreender essa tabela é crucial para garantir a conformidade tributária e evitar penalidades fiscais.
Para que serve o ICMS?
Agora que você já sabe o que é tabela de alíquotas, vamos relembrar para que serve o ICMS? Bom, como referimos anteriormente, essa taxa sobre circulação de mercadorias e serviços é um imposto estadual cobrado sobre a venda de produtos, transporte e comunicação que ocorre entre estados.
Sua principal função é arrecadar recursos para os estados e o Distrito Federal, que utilizam essa receita para financiar serviços públicos como saúde, educação, segurança e infraestrutura.
Além disso, o ICMS ajuda a regulamentar o comércio, incentivando ou desincentivando o consumo de certos produtos através de diferentes alíquotas.
ICMS: quem deve recolher o imposto?
O ICMS deve ser recolhido por empresas e comerciantes que realizam operações de circulação de mercadorias, prestação de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal, e comunicação. Isso inclui:
- Vendedores de produtos: qualquer empresa que venda mercadorias, desde pequenos comerciantes até grandes varejistas.
- Prestadores de serviços de transporte: empresas que transportam bens entre estados ou municípios.
- Provedores de serviços de comunicação: empresas de telecomunicações que fornecem serviços de telefonia, internet, e TV a cabo.
Esses responsáveis devem calcular o valor do ICMS a ser recolhido com base nas alíquotas aplicáveis e repassar o imposto ao estado correspondente.
Como funciona a tabela de alíquotas do ICMS
Como você pode perceber até aqui, entender como funciona a tabela de alíquota do ICMS é fundamental para qualquer empresa que venda produtos ou serviços no Brasil.
Seu funcionamento é relativamente simples:
- Primeiro, você deve identificar o estado de origem (onde o produto ou serviço é emitido) e o estado de destino (onde o produto ou serviço será recebido) na tabela.
- Após identificar a alíquota correta, aplique essa porcentagem sobre o valor da transação para calcular o valor do ICMS devido.
Por exemplo, se a alíquota for de 12% e o valor da mercadoria for R$10.000, o ICMS devido será R$1.200.
Houve mudanças na tabela de alíquotas ICMS em 2024?
Sim, houve mudanças significativas na tabela de alíquotas ICMS em 2024. Estas alterações foram implementadas com o objetivo de tornar o sistema tributário mais justo e eficiente - assim como as mudanças do Imposto de Renda 2024.
As mudanças na tabela de alíquotas ICMS 2024 afetam diversas categorias de produtos e serviços, e as principais são.
1 - Revisão das alíquotas
Algumas alíquotas foram ajustadas para produtos específicos. Produtos de primeira necessidade, como alimentos e medicamentos, tiveram suas alíquotas reduzidas para aliviar o impacto no consumidor final.
Por outro lado, produtos considerados não essenciais ou de luxo podem ter enfrentado aumentos nas alíquotas para desestimular o consumo excessivo e promover a sustentabilidade.
2 - Uniformização das alíquotas
Houve um esforço para uniformizar as alíquotas entre estados, reduzindo a complexidade para empresas que operam em diversas regiões do país. Isso facilita o cumprimento das obrigações fiscais e ajuda a evitar a guerra fiscal entre estados, promovendo um ambiente de negócios mais justo e equilibrado.
3 - Ajustes regionais
Algumas mudanças foram específicas para certos estados, refletindo as particularidades econômicas e sociais de cada região.
Tabela de alíquotas do ICMS por estado
A nova tabela de alíquotas do ICMS por estado, implementada em 2024, traz ajustes que refletem as necessidades econômicas e sociais específicas de cada região.
Além das mudanças gerais que visam uniformizar e simplificar o sistema tributário, cada estado revisou suas alíquotas internas (fixas) para melhor atender suas particularidades. Elas se aplicam sempre que uma venda ou serviço é realizado dentro do mesmo estado.
A lista das alíquotas fixas de ICMS por estado ficou assim:
- Acre: 19%
- Alagoas: 19%
- Amapá: 18%
- Amazonas: 20%
- Bahia: 20,5%
- Ceará: 20%
- Distrito Federal: 20%
- Espírito Santo: 17%
- Goiás: 19%
- Maranhão: 22%
- Mato Grosso: 17%
- Mato Grosso do Sul: 17%
- Minas Gerais: 18%
- Pará: 19%
- Paraíba: 20%
- Paraná: 19,5%
- Pernambuco: 20,5%
- Piauí: 21%
- Rio de Janeiro: 22%
- Rio Grande do Norte: 18%
- Rio Grande do Sul: 17%
- Rondônia: 19,5%
- Roraima: 20%
- Santa Catarina: 17%
- São Paulo: 18%
- Sergipe: 19%
- Tocantins: 20%
Cabe ressaltar, contudo, que a lista é um resumo das alíquotas, e que pode haver variações conforme o tipo de produto ou serviço. Portanto, para garantir a precisão, é ideal consultar a Secretaria de Fazenda do seu estado antes de emitir uma nota fiscal.
Agora, se a transação comercial for para fora do seu estado, você deve consultar a tabela das alíquotas do ICMS de 2024 a seguir:
Aqui você já sabe né: basta localizar o estado emitente e o recebedor nas colunas laterais e superiores, e o cruzamento dará a alíquota aplicada para esta transação.
E, como você deve ter notado, de maneira geral a nova tabela de alíquotas ficou assim:
- Para vendas de regiões Sul e Sudeste (exceto Espírito Santo) para as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo, a alíquota é geralmente de 7%.
- Para vendas entre estados das regiões Sul e Sudeste, a alíquota é geralmente de 12%.
Tabela de alíquotas do ICMS interestadual
Além dessas informações, a tabela de alíquotas do ICMS interestadual deve ser usada para o cálculo do Difal (Diferencial de Alíquotas). Explicamos.
Quando a operação é para consumidores finais, pode haver a necessidade de calcular a diferença entre a alíquota interna do estado destinatário e a alíquota interestadual. Esse valor é dividido entre o estado de origem e o estado de destino.
Por exemplo:
- Suponha que uma empresa em São Paulo vende mercadorias no valor de R$10.000 para um cliente em Minas Gerais.
- A alíquota interestadual aplicável, segundo a tabela do ICMS, é de 12%.
- Portanto, o ICMS devido: 12% de R$10.000 = R$1.200.
- Se o cliente em Minas Gerais for o consumidor final e a alíquota interna de Minas Gerais for 18%, será necessário calcular o Difal.
- Então o Difal fica assim: 18% (alíquota interna de Minas Gerais) - 12% (alíquota interestadual) = 6%.
- Neste caso, o Difal a ser pago é de: 6% de R$10.000 = R$600, dividido entre os estados de origem e destino.
Viu como é simples? A tabela de alíquotas ICMS pode assustar no início por ser grande, mas a verdade é que com um pouco de observação e paciência é possível calcular os impostos interestaduais sem problemas.
Esperamos que este conteúdo tenha esclarecido o assunto para você! Se gostou, compartilhe com quem necessita saber também e bons cálculos.
Redação It's Money
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