5 erros de investidores: o que não fazer ao investir seu dinheiro
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5 erros de investidores: o que não fazer ao investir seu dinheiro
22 jan 2024•Última atualização: 20 junho 2024
A educação financeira é um processo no qual o indivíduo se torna capaz de melhor gerir o dinheiro, a fim de tomar decisões com maior volume de informação e com mais qualificação sobre o que fazer com os próprios recursos.¹
Ela está presente em todos os momentos economicamente decisivos ao indivíduo, desde a escolha do destino de seus recursos financeiros, ou mesmo durante a decisão de compra de algum bem a longo, médio ou curto prazo, ou ainda para determinar quais condições de pagamento, como cartões, cheques, depósitos ou em dinheiro, são mais convenientes.
Os serviços financeiros tornaram-se acessíveis a todos, e, para melhor uso dos mesmos, a educação financeira é uma ferramenta que permite maiores possibilidades.²
A necessidade de poder desenvolver habilidades e acumular conhecimentos financeiros é uma necessidade do mundo moderno. O valor do dinheiro ao longo do tempo, acumulado.
Nesse sentido, existem alguns erros a serem evitados por quem decide entrar no mundo dos investimentos. Confira os cinco principais abaixo:
1- Não montar a reserva de emergência
Muitas vezes, devido à empolgação de entrar no mercado financeiro, os investidores iniciantes começam a fazer aportes sem ter uma reserva de emergência. Esse é um erro que requer atenção, pois pode prejudicar a segurança e a continuidade da estratégia.
Na prática, a reserva de emergência corresponde a uma quantia disponível para cobrir imprevistos financeiros. Como o próprio nome diz, ela é usada em casos de emergências e situações atípicas, evitando o endividamento.
Para oferecer segurança, o recomendado é que ela tenha um valor equivalente a 6 meses do custo de vida, no mínimo. Além disso, é importante que a reserva seja investida em um produto ou ativo que possa ser resgatado a qualquer momento e que seja o mais seguro possível.
Diante disso, o investidor iniciante deve contemplar a formação da reserva em seu planejamento financeiro. Afinal, ela consegue trazer maior estabilidade financeira em diversas situações, como a perda de emprego ou outros imprevistos.
Por outro lado, se o investidor escolhe diversificar os aportes desde o começo, sem esse montante, pode ser necessário fazer o resgate ou a venda antecipada de ativos. Com isso, é possível enfrentar condições desfavoráveis, incluindo a perda de dinheiro.
2- Focar na rentabilidade e desconsiderar o risco
Outro erro comum ao investidor iniciante diz respeito à composição da carteira de investimento. Diante de tantas alternativas no mercado, é muito frequente que haja um foco excessivo na rentabilidade.
Isso acontece porque o investidor é seduzido pelos resultados e passa a desejá-los em sua estratégia de investimento. No entanto, essa maior atenção sobre a rentabilidade costuma estar atrelada a uma desconsideração do risco. Por consequência, as escolhas podem não ser adequadas.
É o caso de quem começa a investir em ações, fundos imobiliários ou até criptoativos por ter acompanhado algum retorno interessante. Nessa situação, é normal que o investidor acredite em um rendimento positivo constante, quando, na verdade, ele é fruto de oscilações e movimentos de mercado.
Sem entender essa questão, o investidor pode ser levado a resgatar os recursos durante as quedas do mercado, motivado pelo medo ou ansiedade. O motivo é que ele não estará preparado para a volatilidade dos investimentos e, com isso, é possível ter perdas financeiras.
Em vez de apenas mensurar o potencial de retorno, é preciso também entender o risco e a sua relação com o perfil de investidor. Considere, também, os efeitos de uma queda e o comportamento do investimento no passado, diante de oscilações.
3- Estimar uma rentabilidade fora do padrão
Ter uma postura muito otimista diante da rentabilidade que pode ser obtida ao aplicar dinheiro é mais um erro recorrente. O motivo é que o investidor que ainda não tem muita experiência tende a projetar um retorno que, na prática, pode não se concretizar.
Isso acontece porque quem começa a investir agora tende a atrelar o resultado à própria capacidade de economizar, escolher investimentos e gerenciar a carteira. Todavia, a rentabilidade também depende de outros fatores que não estão sob o controle do investidor.
Diante disso, as projeções irreais podem causar frustração e levar a decisões incorretas ou mais arriscadas que o necessário. O otimismo em excesso, por sinal, pode estar associado à falta de conhecimento do que é, de fato, possível no mercado.
O megainvestidor Warren Buffett, por exemplo, tem uma carteira com rentabilidade média anual de 20%. O valor médio foi obtido com base no histórico de décadas e pode servir de referência.
Afinal, se uma pessoa projeta um ganho acima da média de um dos maiores investidores do mundo, é provável que existam erros na análise. Por isso, é fundamental que o investidor iniciante tenha humildade e cautela na estimativa inicial para chegar a valores realistas.
4- Pensar em produtos e não em alocação
Existe mais uma falha que costuma ser cometida por quem começa a investir: a atenção exclusiva em certos produtos ou ativos, de maneira individual. Normalmente, isso acontece quando o investidor iniciante tem uma visão distorcida sobre a formação da carteira.
Em uma analogia, é como se ele enxergasse o ato de investir como uma corrida de cavalo, na qual ele precisa escolher o vencedor. Nesse caso, representado pelo investimento que apresenta a maior rentabilidade.
Contudo, o mais importante é a alocação, ou seja, a forma como os recursos são distribuídos na carteira de investimento. Essa divisão faz a diferença, até porque estudos apontam que mais de 90% dos resultados do portfólio decorrem da alocação.
Sendo assim, é preciso planejar quanto investir em renda variável, em renda fixa e em seus diversos produtos e ativos. Em outras palavras, em vez de investir individualmente, você deve pensar na participação de ações, fundos imobiliários, ouro, dólar, títulos etc.
Como a distribuição é um fator gerador de rentabilidade, é necessário olhar seus investimentos como um todo e não produto a produto. Afinal, cada investimento tem uma função, colaborando com o resultado da sua carteira.
5- Escolher uma instituição financeira com atendimento deficiente
Não é apenas a escolha dos investimentos que afeta o resultado ou que pode motivar erros no investidor iniciante. A decisão da instituição que será utilizada para intermediar os seus investimentos também é fundamental, mas nem sempre é considerada.
É o que acontece quando o investidor se dedica a estudar estratégias e oportunidades do mercado financeiro, faz boas escolhas, mas seleciona uma instituição apenas pelo custo, por exemplo.
Ao deixar de avaliar outros fatores, o investidor pode enfrentar alguns problemas em sua jornada. Isso pode acontecer se você não avaliar o atendimento, pode não ter a quem recorrer se precisar esclarecer dúvidas.
Além disso, é possível contar com o apoio de uma assessoria de investimentos de confiança, como a Blue3 Investimentos, que possui uma estrutura completa para a estruturação de um portfólio de acordo com os objetivos e perfil de cada investidor.
Referências bibliográficas:
- OCDE (2005)
- Pinheiro (2008)
Eric Barros
Formado em administração com especialização em gestão empresarial e mestrado em economia. Professor universitário com mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro.
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