Cinquenta bps a mais
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Cinquenta bps a mais
15 dez 2022•Última atualização: 20 junho 2024
Macro
Após alguns dias de rali ocasionados pela melhora do sentimento do mercado com o FED, o discurso de Jerome Powell ontem serviu para colocar os pés de alguns investidores no chão.
O FOMC elevou na tarde de ontem os juros americanos em 50 bps, magnitude que era esperada pelo mercado, e novamente fez uma fala contundente de que a luta contra a inflação permanece.
O mercado entendeu a fala como sendo de alta nas taxas de juros e agora, ajusta essas expectativas.
O que podemos esperar por hora, após a fala do presidente do FED, são juros mais elevados no próximo ano e por algum tempo, com o mercado já trabalhando com a hipótese de não haver cortes na taxa de juros em 2023.
Outra sinalização veio pelo lado do pico da taxa de juros, que deve ser maior do que o mercado estava estimando anteriormente.
Podemos esperar correções pontuais enquanto o mercado vai ajustando as expectativas.
Hoje, os investidores também aguardam a decisão de juros dos bancos centrais da Europa e Inglaterra, que também devem subir as taxas de juros em 50 bps pela região.
Foco do mercado vai também para o estoque de títulos do BCE de quase EUR 5 trilhões, expectativa é de que o BCE comece a atuar na redução desse estoque.
Dados da economia chinesa mais fracos também devem balançar o mercado hoje, enquanto boa parte dos investidores estão de olho no país e na sua reabertura pós-covid.
Por lá, as vendas do varejo recuaram aproximadamente 6% e a produção industrial esfriou para 2,2% refletindo também na produção do aço na China, que teve uma queda de 6,5% em relação ao mês anterior.
O desemprego subiu para 5,7% e o mercado seguirá de olho nos casos de Covid na China.
Aqui no Brasil, a ressaca do mercado continua, com novos nomes sendo divulgados e o mais grave, alterações nas leis para abarcar os novos nomes de políticos em estatais.
Ontem, o mercado seguiu penalizando os DIs enquanto ia digerindo o novo governo Lula.
Hoje, sai o relatório trimestral de inflação, que o mercado deve olhar com calma, em busca de novas sinalizações dos juros por parte do Banco Central.
Mercado Interno
Análise Técnica
O Ibovespa nesta quarta-feira finalizou o pregão com uma leve alta de 0,20% aos 103.745 pontos.
Durante dia, o índice chegou a apresentar uma queda de 1,84%, porém, no final conseguiu se recuperar e fechar no campo positivo.
Apesar do fechamento em alta, o ativo segue com uma expectativa mais negativa no curto prazo.
Porém, com essa baixa no mês de dezembro em 7,76%, aumenta-se a probabilidade de o ativo passar por uma correção no curto prazo (repique de alta).
Para a retomada de um viés mais positivo, o primeiro sinal seria a superação dos 108.000 pontos, voltando a ser negociado acima de média móvel de curto período.
Mercado Externo
Análise Técnica
O S&P500 fechou essa quarta-feira com uma leve baixa de 0,36% aos 4.005 pontos, se mantendo acima da média móvel de curto período.
Durante o pregão, o S&P chegou a oscilar bastante, apresentado movimento de alta e baixa.
Dessa forma, caso o S&P venha superar os 4.072 pontos, a expectativa para os próximos dias se torna mais positiva.
Já a perda dos 3.985 pontos aumentaria o viés negativo para o ativo.
Commodities
O minério de ferro avança em Singapura, com investidores olhando os dados econômicos da China que sugerem desaceleração. Esse receio, em parte, já estava no preço.
O petróleo tem pequena correção após três pregões de alta, de olho na reabertura do oleoduto Keystone.
Análise Técnica
O petróleo nessa quarta-feira fechou no campo positivo com uma alta de 2,91% aos USD 82,82/barril, sendo o quarto dia consecutivo terminando em alta.
Por enquanto, esse movimento (repique de alta) ainda pode ser interpretado como uma correção, já que está testando a região de média móvel.
O primeiro sinal positivo seria continuar esse movimento de alta, superando os USD 83,14/barril.
Análise Técnica
O petróleo nessa terça-feira fechou no campo positivo com uma alta de 2,92% aos USD 80,48/barril, sendo o terceiro dia consecutivo que o ativo termina em alta.
Por isso, aumenta-se a probabilidade de o petróleo passar por uma correção (repique de alta) nos próximos dias, buscando a região de média móvel nos USD 81,56/barril.
Entretanto, o ativo segue em tendência de baixa no curto prazo, em que a perda dos USD 76,26/barril indica que o petróleo pode dar continuidade a esse movimento negativo.
Para anular completamente a tendência de baixa que se encontra no curto prazo, o ativo precisa voltar a ser negociado nos USD 89,26/barril.
Porém, o primeiro sinal positivo, mostrando uma possível mudança de tendência, seria a superação dos USD 81,40/barril
Analistas responsáveis
Dalton Vieira – Analista CNPI-T
- + 15 anos de experiência no mercado financeiro;
- Analista de valores mobiliários (CNPI-TEM 910);
- Credenciado pela Apimec desde 2010;
Desenvolvedor do método DV de investimentos.
Leonardo Gibelli – Analista CNPI-T
- Analista CNPI-T;
- Analista CNPI-T EM-3376 credenciado pela Apimec;
- Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Erik Sala – Especialista Em FIIs E Renda Fixa
Graduando em Economia pela UFG e especialista em Fundos Imobiliários. Assistente de análise responsável pela carteira DV Renda Imobiliária.
Disclaimer
De acordo com a Resolução CVM nº 20, de 25 de fevereiro de 2021, Art. 21º, declaro que as análises realizadas neste relatório refletem única e exclusivamente a opinião dos autores, e foram elaboradas de forma independente e autônoma.
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DVinvest
A DVinvest é a casa de análise fundada pelo renomado analista Dalton Vieira, que possui em sua equipe profissionais altamente especializados em análise fundamentalista e técnica de ações.
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