O Ibovespa cai 1,39% com aversão ao risco e incertezas fiscais

O Ibovespa caiu 1,39% (-1,39% aos 127.700 pontos), ampliando as perdas devido à aversão ao risco externo e às incertezas fiscais locais.

O índice foi pressionado pela queda das ações da Vale (-0,94%) e dos grandes bancos, apesar da leve alta da Petrobras ON (+0,12%).

Nos EUA, o aumento das dúvidas sobre a candidatura de Joe Biden à reeleição e a deterioração do sentimento de risco levaram o índice de volatilidade Vix a subir mais de 10%. O Nasdaq caiu 0,70%, enquanto o Dow Jones recuou 1,29%.

Internamente, a expectativa pelo congelamento do orçamento também contribuiu para o movimento negativo.

Dólar

O Dólar à vista subiu 1,90% contra o Real (+1,90% @ R$5,59), atingindo o maior valor de fechamento desde 2 de julho. A moeda brasileira foi penalizada pelo ambiente externo de aversão ao risco e pela busca global pela moeda americana.

O clima de cautela local, com a expectativa pelo anúncio do bloqueio do orçamento, adicionou pressão ao câmbio. As incertezas eleitorais nos EUA e os temores de aumento do protecionismo americano também influenciaram o movimento de alta do Dólar.

Juros

No mercado de juros, as taxas fecharam em alta, refletindo o pessimismo em torno do ajuste no orçamento e a nova rodada de deterioração do câmbio.

A taxa do contrato de DI para janeiro de 2025 subiu para 10,68% de 10,61%, e a do DI para janeiro de 2026 disparou para 11,40% de 11,18%.

O cenário fiscal doméstico permanece como um ponto de atenção. Além disso, a pressão externa com os rendimentos dos Treasuries renovando máximas adicionou estresse à curva de juros.