Previdência privada como garantia para empréstimos: entenda!
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Previdência privada como garantia para empréstimos: entenda!
26 jun 2024•Última atualização: 26 junho 2024
A Câmara dos Deputados aprovou em 2023 o projeto de lei que permite usar a previdência privada como garantia para empréstimos.
Assim, o projeto de lei 2.250/23 dará aos participantes dos fundos de previdência complementar a possibilidade de utilizar seus planos VGBL e PGBL como garantia na tomada de crédito pessoal.
Neste artigo, você vai entender como funcionará o novo projeto de lei, que agora seguirá para aprovação no Senado.
Confira!
Previdência privada como garantia para empréstimos
Hoje em dia, na prática, determinadas instituições financeiras já utilizam alguns investimentos em garantia em operações de empréstimos. Inclusive planos de previdência de entidades abertas, tanto VGBL como PGBL.
É o caso da XP Investimentos e de escritórios de AAIs plugados à rede, como a Blue3 Investimentos.
A partir da aprovação dessa lei, o que muda é todas as instituições financeiras poderão oferecer essa modalidade aos clientes de forma mais ampla.
Vantagens de usar a previdência como garantia
A tomada de crédito com garantia real tende a ter taxas de juros mais baixas, já que a instituição sabe que possui pouco risco de inadimplência.
Isso porque, caso o pagamento não seja feito por parte do cliente, seu investimento em garantia vai quitar o valor.
O projeto de lei estende a regra para os seguros de vida, os planos de capitalização e o fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI).
Cuidado na tomada de crédito
Porém, fica o alerta sobre o quanto os empréstimos devem ser evitados, para evitar o endividamento.
Por outro lado, há situações em que não se tem alternativa. Assim, em último caso, procure opções como esta, que aceitam uma garantia real. E, como resultado, cobram juros mais baixos.
Mas, caso você não possua aplicações para colocar em garantia, pode optar por utilizar algum bem imóvel. Neste caso, precisa saber que tem condições de honrar o compromisso, para não ficar sem o bem.
Nesse sentido, muito cuidado para não cair na tentação e acabar se endividando demais. Principalmente porque os valores liberados podem ser maiores do que o cliente precisa ou pode pagar.
Assim, é essencial planejar muito bem qual o valor do empréstimo que você precisa e pegue somente o necessário.
Outras opções
Outra opção são os empréstimos consignados, em folha de pagamento, e que são debitados diretamente do seu salário.
Nessa modalidade, os bancos também costumam aplicar taxas mais baixas. E não esqueça que o segredo, neste caso, é barganhar.
Todos os bancos querem que a sua folha de pagamento esteja com eles, atualmente você pode escolher onde quer receber seu salário.
Isso porque não existe mais a necessidade de ficar preso ao banco que a sua empresa escolheu.
Outro ponto muito importante são as simulações em várias instituições.
Veja qual a negociação com a taxa mais baixa, nestas simulações considere sempre o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento, pois ele engloba todos os valores pagos: IOF, seguros, Juros e taxas de contratação dos empréstimos etc.
Por fim, com pesquisa, informação e negociação, ficará fácil escolher qual a melhor alternativa.
Além disso, você pode contar com uma assessoria de investimentos séria que já faça esse tipo de operação, usando a previdência privada como garantia para empréstimos.
Helen Vogt
Bacharel em Ciências Econômicas pela PUCRS. Certificada ANCORD® e CPA-20. Líder de Previdência na Blue3 Investimentos, com passagens pela Icatu Seguros, Banrisul e Citibank.
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