Antecipe conversas difíceis e proteja o futuro corporativo e familiar
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Antecipe conversas difíceis e proteja o futuro corporativo e familiar
10 abr 2024•Última atualização: 12 junho 2024
Em um mundo em constante evolução, a gestão patrimonial e o planejamento sucessório tornaram-se tópicos de destaque, especialmente no cenário corporativo brasileiro, em que, segundo o IBGE, 90% das empresas têm perfil familiar, representando cerca de 65% do PIB e empregando 75% da força de trabalho.
Com a crescente complexidade dos negócios e a interconexão das esferas pessoal e empresarial, é imperativo que os indivíduos e as empresas estejam preparados para o futuro – muitas vezes cercados de imprevistos.
Ocorre que um levantamento do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) revela um dado alarmante: até 2019, 72,4% das empresas brasileiras não tinham um plano de sucessão para situações de morte de um sócio.
Reforço o quanto essa informação é preocupante partindo do princípio de que a sucessão empresarial não é apenas uma transferência de poder e capital, mas sim um processo delicado que, se mal administrado, pode levar a consequências desastrosas para a empresa e seus stakeholders.
Impacto da sucessão na esfera familiar
Além disso, quando falamos de gestão patrimonial, não podemos ignorar o impacto da sucessão na esfera familiar. Afinal, a transferência de bens, investimentos e negócios de uma geração para outra é um processo carregado de emoções e potenciais conflitos.
A falta de clareza e comunicação pode levar a disputas familiares, diluição do patrimônio e até mesmo à desintegração da unidade familiar. Um caso emblemático desse tipo de conflito é a disputa pela herança do apresentador Gugu Liberato.
Cenário corporativo
Já no cenário corporativo, a entrada inesperada de novos sócios pode desestabilizar a empresa. Por isso, ferramentas inteligentes de planejamento sucessório, como seguros de sucessão empresarial minimizam os impactos negativos, garantindo a continuidade dos negócios e protegendo a renda e a estrutura da empresa.
Vale ressaltar também que o seguro de vida, uma ferramenta frequentemente subestimada no planejamento sucessório, pode desempenhar um papel crucial na proteção do caixa da empresa em caso de falecimento de um sócio.
Ao estabelecer um seguro como parte do planejamento sucessório, os benefícios podem ser usados, por exemplo, para comprar as cotas do sócio falecido. Isso evita a necessidade de liquidar ativos da empresa para compensar a família do sócio e protege o caixa, garantindo a continuidade dos negócios.
Acordo de sócios
Outra ferramenta a se destacar é o acordo de sócios, que é vital no processo de planejamento sucessório. O acordo estabelece as regras e diretrizes para a transferência de cotas, direitos e obrigações entre os sócios em caso de falecimento, incapacidade ou saída de um dos membros.
Essa definição clara de termos e condições da sucessão ajuda a evitar conflitos, garantindo uma transição suave e protegendo a empresa de absorver sócios sem a capacidade social e intelectual exigida para a direção e a tomada de decisões importantes para o futuro dos negócios.
Por fim, é fundamental que a sociedade se conscientize de que a gestão patrimonial e o planejamento sucessório são mais que apenas ferramentas financeiras e jurídicas: constituem estratégias essenciais para garantir a perpetuidade do legado, a continuidade dos negócios e a harmonia familiar.
Principalmente com a grande representatividade de empresas familiares no Brasil, é crucial reconhecer a importância desses processos e investir tempo em antecipar as “conversas difíceis” para a implementação do planejamento e educação de todos os envolvidos.
Para isso, não deixe de procurar ajuda especializada, como a assessoria da Blue3 Investimentos.
Robson Tavernard
Sócio da Blue3 Investimentos e Especialista na área de Planejamento Patrimonial e Sucessório.
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