CRI e CRA: o que são, como funcionam e quando investir?

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CRI e CRA: o que são, como funcionam e quando investir?

5 fev 2024Última atualização: 12 junho 2024

Redação It's MoneyRedação It's Money
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Existem diversas alternativas presentes na renda fixa que podem ser uma oportunidade para muitos investidores. Caso você busque maior potencial de rentabilidade, pode ser interessante conhecer os títulos de crédito privado — como CRA e CRI. 

Esses produtos são emitidos por instituições securitizadoras e costumam apresentar riscos um pouco mais altos que outros produtos da mesma classe. Em contrapartida, o potencial de ganhos deles também costuma ser maior.  

Neste artigo, você entenderá o que são CRA e CRI, como eles funcionam e qual o melhor momento para investir neles. Aproveite a leitura! 

O que é CRI e como funciona?

Para compreender como funcionam esses produtos financeiros, vale conhecer cada um deles individualmente. Começando pelo CRI, essa é a sigla utilizada para representar o certificado de recebíveis imobiliários.  

Trata-se de um título de renda fixa emitido por empresas securitizadoras. Na prática, o funcionamento do CRI lembra um empréstimo. Então o investidor disponibiliza seu capital para a instituição e, em uma data futura, receberá o montante somado aos juros da aplicação.  

Como o próprio nome sugere, o CRI está lastreado no setor imobiliário. A emissão dele acontece a partir de uma promessa de pagamento futuro. Um exemplo é o processo de antecipação de recebíveis que construtoras e outras empresas do segmento de imóveis podem fazer. 

Desse modo, a companhia adianta o montante que receberia em outra data e uma securitizadora empacota esses direitos creditórios em títulos que serão disponibilizados no mercado — os CRIs. Logo, os investidores que fazem as aplicações adquirem o direito de receber o capital que será pago futuramente.    

O que é CRA e como funciona?

Agora que você conheceu o CRI, será mais fácil compreender o funcionamento do CRA — visto que eles possuem características similares. Nesse sentido, a sigla designa o certificado de recebíveis do agronegócio. 

O processo de emissão desses títulos no mercado financeiro segue a mesma lógica dos CRIs. A principal diferença é que os CRAs estão lastreados em operações do agronegócio brasileiro. 

Dessa forma, uma organização desse setor pode ceder seus direitos creditórios à securitizadora como uma forma de antecipar o recebimento de recursos. Após a disponibilização dos títulos, os investidores terão seus ganhos atrelados a essa promessa de pagamento futuro.  

Como é a rentabilidade desses títulos?

Como foi possível aprender, os certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio são títulos de renda fixa. Logo, eles contam com uma regra sobre como será a rentabilidade para os investidores que fizeram as aplicações. 

Os rendimentos podem acontecer de três formas. A primeira é a prefixada, que apresenta os juros da aplicação em um percentual já no momento do aporte. Eles são fixos, então o título pode assegurar maior previsibilidade.  

Os CRIs e CRAs também podem ser pós-fixados. Nesse caso, os juros estão atrelados a uma taxa do mercado, como o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Dessa forma, os investidores só conhecerão seus rendimentos no vencimento da aplicação.  

Por último, existem os títulos de rentabilidade híbrida, que combinam uma taxa pós-fixada com uma prefixada. Geralmente, eles utilizam o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como referência pós-fixada.  

Mas fique atento: de modo geral, a rentabilidade acordada em CRIs e CRAs só estará disponível no vencimento do título. Dessa forma, mesmo que haja a possibilidade de negociar o título no mercado secundário para resgate antecipado, não existem garantias de lucro antes do prazo.  

Quais as vantagens e desvantagens do CRI e CRA?

Antes de saber quando investir em CRIs e CRAs, é importante considerar as oportunidades e os riscos que essas aplicações podem trazer para a sua carteira de investimentos.  

Confira! 

Vantagens

Como você viu, CRIs e CRAs estão lastreados no mercado imobiliário e do agronegócio brasileiro, respectivamente. Como ambos estão entre os setores mais sólidos da economia do país, essa exposição a eles pode ser vantajosa para seu portfólio. 

Além disso, o CRI e CRA se destacam pela isenção de Imposto de Renda (IR) sobre os lucros. Essa característica os difere de outras alternativas da renda fixa, como os títulos públicos do Tesouro Direto, e pode ampliar sua rentabilidade líquida. 

Por serem títulos de crédito privado, também é possível que a securitizadora apresente condições mais interessantes de ganhos para os investidores. Dessa maneira, esses títulos podem servir para aumentar seus rendimentos na renda fixa. 

Desvantagens

Contudo, os investidores também precisam entender as possíveis desvantagens envolvidas nessas aplicações. Em primeiro lugar, CRIs e CRAs não contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) — o que pode aumentar os riscos da aplicação.  

Outro ponto a ser considerado é o risco de liquidez. Geralmente, esses produtos permitem resgate apenas do vencimento. Dessa forma, CRIs e CRAs podem não ser a melhor alternativa para planos nos quais você pode precisar sacar o dinheiro antes do prazo. 

Quando investir em CRI e CRA?

Em qualquer tipo de investimento, você deve considerar o seu perfil de investidor para identificar se vale a pena fazer o aporte. Nesse sentido, CRIs e CRAs podem apresentar características diferentes quanto aos demais títulos de renda fixa disponíveis. 

Isso acontece porque eles costumam envolver mais riscos — especialmente pela falta de proteção do FGC. Logo, esses produtos podem ser usados em estratégias de todos os perfis, mas é preciso considerar o nível de risco da sua carteira. 

Além disso, é fundamental buscar a adequação entre esses títulos e os seus objetivos financeiros. De maneira mais usual, CRIs e CRAs podem funcionar para equilibrar os riscos de carteiras cujo foco está no médio ou longo prazo, sempre adequando a meta ao prazo de vencimento da aplicação.  

Por fim, é imprescindível analisar todas as principais características do título antes de realizar o seu investimento. Entre os aspectos que você deve conhecer estão a lógica de rentabilidade e o prazo de vencimento.  

Também é vantajoso pesquisar a respeito do emissor do título. Como o produto tem mais riscos, vale saber mais sobre o histórico da empresa para embasar a decisão. Dessa maneira, após analisar todos esses aspectos, você poderá tomar uma decisão estratégica em relação ao investimento em CRI e CRA.  

Como vimos, CRA e CRI podem ser alternativas interessantes para diversificar suas aplicações na renda fixa. Por isso, é interessante avaliar o funcionamento desses títulos e os diferenciais que eles apresentam em comparação aos demais investimentos da mesma classe! 

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