Qual a melhor idade para fazer uma previdência privada?

onde-investir

Qual a melhor idade para fazer uma previdência privada?

5 nov 2023Última atualização: 20 junho 2024

Redação It's MoneyRedação It's Money
melhor-idade-para-fazer-uma-previdencia-privada_its-money

Todo mundo busca tranquilidade para quando a maturidade chegar. Inclusive, você já deve ter se perguntado qual a melhor idade para fazer uma previdência privada.

Bem, o melhor momento para planejar a independência financeira na aposentadoria é sempre agora. Ou seja, não importa se tenha você 20, 30, 40, 50 anos de idade.

O que será diferente, em cada uma das faixas etárias, é o caminho para conquistar esse objetivo.

Naturalmente, quem começar mais cedo percorrerá um caminho mais confortável. Nessa caso, a pessoa pode aportar valores mais baixos para criar o “colchão” de previdência e investimentos. 

Entretanto, sabemos que é muito comum as pessoas passarem a se preocupar com isso após os 30, 40 anos de idade. 

Para esse público, qual é a melhor saída para “recuperar o tempo perdido”, afinal? Contar com um plano de previdência privada ou investir no mercado financeiro?

Planos complementares

Investir tem tudo a ver com objetivos e, no caso da aposentadoria, tanto os planos de previdência privada quanto outras aplicações financeiras podem ajudar os investidores a chegar lá. 

As duas principais modalidades de previdência privada são o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). 

A diferença entre VGBL e PGBL é basicamente a forma de tributação. A primeira segue uma tabela regressiva do imposto de renda, com cobrança apenas no resgate.

Por outro lado, a segunda segue um sistema “progressivo” que permite abatimentos do IR ao longo do tempo e tem tributação sobre o saldo total.

Em ambas as modalidades é possível escolher o montante da aplicação mensal (alguns planos têm valor mínimo) e por qual tempo você aplicará antes de colher o benefício.

Outra forma de não depender do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) na velhice é investir por conta própria para acumular os recursos necessários para sua aposentadoria.

Primeiramente, é necessário conhecer o seu perfil de investidor, se é conservador, moderado ou arrojado. Como saber?

Em geral, corretoras e assessorias de investimento aplicam um teste que analisa a capacidade financeira e indica qual é o perfil que norteará a escolha dos ativos que vão compor a carteira. 

Investimentos para a carteira de previdência

Além dos fundos de previdência privada, existem outros investimentos que podem fazer parte de uma carteira de previdência, independentemente da idade que você decidir começar a sua reserva para o futuro. 

A seguir, vamos listar algumas opções disponíveis no mercado financeiro, confira:

Tesouro Direto

São os títulos mais seguros do mercado financeiro, pois trata-se de dívidas do tesouro nacional. Ou seja: a possibilidade de o governo não ter capacidade para honrar suas dívidas é quase inexistente.

A segurança, claro, vem com um preço: a rentabilidade do Tesouro Direto não é a mais alta do mercado, mas ainda assim esse é um dos ativos quase obrigatórios em qualquer carteira de longo prazo, uma vez que o principal objetivo de quem guarda dinheiro para resgate muitos anos à frente é rentabilizar acima da inflação.

Com o TD, isso é possível, uma vez que a modalidade conta com a opção IPCA+, cuja rentabilidade vem a partir da inflação medida pelo IBGE  (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e de uma taxa fixa.

CDBs

Os Certificados de Depósito Bancários são ativos semelhantes ao Tesouro Direto, porém, quem emite esse tipo de título são os bancos.

Embora instituição financeira nenhuma tenha a mesma capacidade de pagamento do governo, dinheiro para honrar as dívidas não costuma ser problema para os bancos. Portanto, os CDBs também são considerados investimentos de baixo risco.

É possível encontrar, inclusive, opções com rentabilidade mais atrativa do que a dos títulos públicos. Porém, fique atento à liquidez.

Alguns desses ativos possuem resgate no vencimento. Ou seja, ao investir, você só receberá de volta o seu dinheiro na data estipulada, que pode ser em seis meses ou até 10 anos. Por isso é importante ler com atenção a descrição do título antes de comprar.

Fundos de renda fixa

Em linhas gerais, fundos de investimento são grupos de pessoas que se reúnem para investir e conseguirem, juntos, montar um portfólio rentável.

No caso dos fundos de renda fixa, o objetivo é investir nessa classe de ativos, que inclui os títulos públicos e CDBs descritos acima, além de certificados de recebíveis do agronegócio e mercado imobiliário, títulos de crédito e outras opções.

Os fundos são comercializados em cotas e a rentabilidade do investidor é proporcional à quantidade adquirida. 

Ações

Embora seja conhecido pela alta volatilidade, o mercado de ações também é indicado para quem tem planos de longo prazo. Não por acaso, o número de investidores pessoas físicas na B3, a bolsa de valores brasileira, não para de crescer.

Segundo dados divulgados pela recentemente pela própria B3, a quantidade de investidores na bolsa bateu recorde no 1º semestre de 2023.

Os números mostraram um avanço de 5,6% na comparação com o mesmo período em 2022, o que corresponde a 6,2 milhões de contas no total. 

numero-de-investidores-b3-bolsa_its-money

Entretanto, embora esteja “na moda”, investir sem qualquer critério em renda variável pode trazer prejuízos. É preciso ter cuidado na hora de escolher os papéis que farão parte da sua carteira de ações e acompanhar de perto o desempenho das empresas.

Fundos de investimentos imobiliários (FIIs)

Cada vez mais presentes no radar — e na carteira — dos investidores, os FIIs têm funcionamento similar a outros fundos. Porém, são focados em empreendimentos imobiliários ou investem seu patrimônio em ativos ligados ao setor. 

Uma característica que chama a atenção é que esse tipo de investimento pode oferecer, simultaneamente, retorno por meio da valorização das cotas e distribuição de dividendos.

Isso porque há fundos que investem em imóveis para locação e os aluguéis gerados por esses contratos são divididos entre os cotistas do fundo imobiliário

Como começar a investir em previdência privada, independente da idade?

Conforme vimos neste artigo, independente da idade, o importante é iniciar as suas aplicação em previdência privada o quanto antes. Além disso, existe uma variedade enorme de ativos que podem fazer parte da sua carteira de previdência, principalmente os papeis de longo prazo. 

Vale lembrar que você também consegue economizar impostos ao aplicar em previdência por meio da elisão fiscal, no caso de contribuintes que optam pela declaração completa de Imposto de Renda.

Porém, o grande segredo está em escolher a melhor estratégia de acordo com sua idade e perfil de investidor, tendo em vista seus planos para o futuro.

Mas essa missão pode ser muito desafiadora para quem não está familiarizado com mundo dos investimentos. Por isso, o primeiro passo para começar a investir em previdência privada é procurar ajuda profissional qualificada

 

 

 

 

 

Redação It's Money

Redação It's Money

A redação do portal It’s Money é formada por um time de profissionais com ampla experiência editorial, com acompanhamento e revisão de jornalistas especializados.

Saber mais

Gostou do conteúdo?

Queremos sempre melhorar a experiência a sua experiência. Se puder, dê uma forcinha para o time de redação e conte o que você achou da edição de hoje.

O que achou deste conteúdo?

  • Ruim
  • Ótimo
As melhores análises do mercado

Receba em primeira mão as melhores análises do mercado financeiro diretamente em sua caixa de entrada. Nossa newsletter oferece insights exclusivos, tendências e perspectivas sobre o mercado.

Deixe-me ler primeiro uma amostra