ETF de renda variável: o que é e como funciona?
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ETF de renda variável: o que é e como funciona?
10 mar 2023
Você já ouviu falar em ETF? É uma sigla que significa Exchange Traded Funds, e conhecida no Brasil como Fundos de Investimentos, que seguem índices de referência.
É caro para investir? Compensa? Para qual perfil é indicado?
Neste artigo, você vai entender de forma fácil e simplificada o que é e como funcionam esses fundos na Renda Variável.
O que é ETF?
Como falamos acima, ETF é uma abreviação de Exchange Traded Funds e são fundos de índice. No Brasil os ETFs foram regulamentados em 2002, mas só agora esse tipo de investimento está começando a ser explorado, diferente do exterior em que a prática já é bastante difundida entre os investidores.
Basicamente, os fundos funcionam da seguinte forma: a aplicação do investimento é feita em grupo e administrada por um gestor. Os fundos ficam atrelados a índices de referência, podendo ser de renda fixa ou de renda variável.
Os ETFs são uma forma mais acessível de realizar alguns aportes e ter uma carteira mais diversificada e completa. E por esse motivo, tem se destacado no mercado.
ETFs de renda variável: como funciona
Vamos supor que você queira investir em ações que compõem um índice, seguindo uma estratégia x, por exemplo, ao invés de comprar cada ação separadamente, você pode investir em ETFs disponíveis na Bolsa de Valores brasileira (B3) que seguem aquele índice.
Esse índice vai trazer o retorno equivalente, ou seja, replicar a performance do índice escolhido como referência. Vale destacar que esse índice deve ser reconhecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é responsável por fiscalizar e regulamentar o mercado da Bolsa de Valores.
A gestão dos ETFs é feita de forma passiva, pois os gestores responsáveis pelo fundo estão empenhados em replicar a composição e o desempenho do índice. Inclusive, essa é uma das diferenças entre os ETFs e os fundos tradicionais, que podem ter gestão ativa ou passiva.
Os ETFs da Bolsa são uma boa opção para aqueles que estão começando a investir na mercado de ações agora e querem arriscar de uma forma mais “conservadora”.
Sua característica (e vantagem) principal é a possibilidade da diversificação que um ETF traz para a carteira com um recurso consideravelmente menor do que seria se fosse feita individualmente.
O exemplo mais popular é o do Ibovespa, o seu ETF é negociado na Bolsa como BOVA11 e dentro dele estão mais de 60 ações que acompanham esse índice. Por isso, em termos de diversificação, é um tipo de investimento recomendado.
No entanto, não é possível escolher quais serão as ações e a porcentagem que cada uma vai ocupar na sua carteira, justamente porque elas irão seguir o mesmo formato que está no índice.
Como investir em ETFs?
Os ETFs não estão disponíveis como opção de produto nas corretoras de valores pois são negociados na Bolsa por meio do home broker, assim como as ações comuns. Porém, como qualquer outro ativo, a intermediação dessa negociação deve ser feita por uma corretora.
A partir daí, basta escolher qual ETF você vai investir, selecionar o código de representação, escolher a quantidade e enviar a ordem de compra. A venda é feita pelo mesmo processo de uma ação individual na Bolsa.
E a rentabilidade? Como o fundo acompanha quase que fielmente os resultados daquele índice, a rentabilidade vai depender do desempenho do índice de referência. É importante lembrar que as oscilações também são as mesmas e que ocorrem com frequência.
Diferente das ações individuais, os dividendos - o lucro repassado pela empresa para os investidores - dos ETFs é reinvestido no próprio fundo.
Leia também: O que é e como funciona o mercado de renda variável?
Taxas e tributação
Outro tópico fundamental e que você precisa saber antes de investir em qualquer ativo é o que envolve os custos entre taxas e tributações do investimento.
Como em qualquer operação, para investir em ETFs é necessário pagar a taxa de corretagem da corretora que vai intermediar a negociação.
Existem também as taxas cobradas pela própria Bolsa brasileira para liquidar os ativos. Essas tarifas são conhecidas como emolumentos.
Imposto de Renda
Os ETFs possuem incidência de imposto de renda e seguem a mesma regra das outras ações negociadas diretamente na Bolsa.
A incidência é de 15% sobre os ganhos, entretanto, não há isenção de Imposto de Renda em ETF para quem realiza vendas de até R$20 mil na Bolsa de Valores.
A retenção do I.R dos ETFs de renda variável não é feita na fonte, diferente da renda fixa. No momento da venda das cotas, o investidor deve calcular qual será o valor devido e fazer o pagamento por meio de DARF até o último dia útil do mês seguinte à operação.
Vale a pena investir em ETFs?
Primeiramente, precisamos deixar bem claro que nosso papel neste artigo não é fazer uma recomendação. Queremos levantar os pontos para que você, investidor, possa fazer suas escolhas com consciência.
Os ETFs têm sido a escolha de investidores que estão iniciando no mercado de ações, como uma forma mais conservadora, ou para aqueles que buscam uma carteira diversificada com recursos menores.
No entanto, como falamos acima, não é possível escolher as ações que vão compor o ETF. Isso quer dizer que, no mesmo fundo, você pode ter boas empresas e também empresas que não possuem perspectivas positivas de mercado.
Outra característica é a liquidez. Os ETFs geralmente têm facilidade de negociação, transformando o investimento em dinheiro de forma rápida, podendo ser comprado ou vendido em qualquer momento do horário de mercado, como as ações comuns.
Por fim, tenha em mente que os fundos de índice da renda variável tem volatilidade e podem ser impactados pela instabilidade do mercado como qualquer outro ativo da categoria, mesmo sendo uma forma mais conservadora de investir em ações.
Por isso, ter tolerância ao risco é um fator importante para operar nesse mercado.
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Redação It's Money
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