Tesouro direto ou previdência privada: qual a melhor opção?
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Tesouro direto ou previdência privada: qual a melhor opção?
6 mai 2023•Última atualização: 21 junho 2024
Tesouro Direto ou previdência privada? Essas são duas das opções de investimentos mais conhecidas do mercado financeiro e também das mais procuradas por investidores de todos os tipos, do iniciante ao avançado. Porém, qual é realmente a melhor opção?
A resposta correta é que ambas têm benefícios e desvantagens, e a escolha certa depende das necessidades individuais do investidor. Neste artigo, discutiremos os prós e contras de cada opção para ajudar você a tomar uma decisão embasada. Veja com mais detalhes a seguir.
O que é previdência privada?
Antes de mais nada, é fundamental explicar de forma clara o que é cada uma das duas opções de investimento.
A previdência privada é um investimento de longo prazo que ajuda os investidores a acumular recursos para a aposentadoria ou outros objetivos que tenham um horizonte de tempo maior, como a faculdade dos filhos ou um intercâmbio no futuro.
É uma opção oferecida por bancos e seguradoras que funciona como uma “poupança” programada para o futuro. O investidor faz depósitos mensais ou anuais, que são investidos em uma carteira de ativos escolhida por uma equipe de gestão.
Existem diversos fundos de previdência no mercado com diferentes tipos de alocação. Então, é possível encontrar carteiras com ativos que atendam a todos os tipos de perfil, do conservador ao arrojado.
Quanto ao modelo de previdência privada, existem dois tipos de planos: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
O PGBL tem como principal vantagem a possibilidade de dedução de até 12% da sua renda tributável na declaração do imposto de renda. Porém, no momento do resgate, os impostos são pagos sobre todo o patrimônio acumulado.
Já o VGBL não permite dedução fiscal, mas os impostos são pagos apenas sobre os rendimentos no momento do resgate.
O que é Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa do governo brasileiro que permite que os investidores comprem títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional. É uma forma de emprestar dinheiro ao governo e receber juros em troca.
Os títulos têm diferentes prazos e rentabilidades, permitindo que os investidores escolham aquele que melhor atende às suas necessidades.
Portanto, é possível encontrar títulos do Tesouro Direto atendendo todos os tipos de investidor, como aqueles que pretendem apenas formar uma reserva de emergência para sacar o valor a qualquer momento, chegando até quem tem a intenção de acumular patrimônio para a aposentadoria.
Os títulos do Tesouro Direto são uma forma segura de investimento, pois são emitidos pelo governo brasileiro, que é considerado um emissor de dívida confiável. Além disso, eles oferecem alta liquidez, pois podem ser vendidos a qualquer momento.
Qual é a melhor opção para a aposentadoria: previdência privada ou Tesouro Direto?
Ambas as opções são ótimas para o longo prazo e podem ser usadas para diversificar a carteira de investimentos. No entanto, há algumas diferenças entre elas que os investidores devem considerar ao escolher a melhor alternativa para suas necessidades.
Impostos
Os planos de previdência privada têm uma estrutura diferente dos títulos do Tesouro Direto quanto ao imposto de renda pago no momento do resgate.
No Tesouro Direto, o funcionamento é mais simples: todos títulos acompanham a tabela regressiva de tributação da renda fixa, que começa em 22,5% de IR para resgates em até 6 meses e vai caindo até chegar a 15% após 2 anos.
Já na previdência privada é um pouco mais complexo: existem diferentes tabelas de tributação, que são igualmente aplicadas de formas distintas para cada modelo de previdência (PGBL e VGBL). São elas as tabelas regressiva e progressiva do imposto de renda.
Na tabela progressiva, o funcionamento é parecido com a alíquota de imposto de renda que pagamos sobre os salários CLT (indo de isento até 27,5%) e o investidor é tributado de acordo com o valor do saque.
Já a tabela regressiva da previdência privada é um pouco diferente da versão da renda fixa. Porém, ela igualmente vai caindo ao longo dos anos (começando em 35% nos primeiros 2 anos e caindo até chegar em 10% depois de 10 anos).
As tabelas de tributação da previdência privada exigiriam um artigo inteiro para serem explicadas com todos os detalhes, mas o principal ponto aqui para você que está comparando com o Tesouro Direto é saber que nos títulos públicos há uma tributação bem definida. Já na previdência há uma maior opção de escolha. Com isso, você pode selecionar a melhor opção de acordo com os seus objetivos e tamanho de renda.
Taxas
Os planos de previdência privada exigem maior cuidado quanto às taxas, já que os bancos e as seguradoras são livres para definir quais vão cobrar. Sendo assim, é necessário ter cuidado para não pagar taxas como carregamento, saída e entrada, e também evitar pagar taxas de administração e performance muito elevadas. Para isso, é necessário escolher bem a gestora na qual vai aplicar o seu patrimônio.
Por outro lado, os títulos do Tesouro Direto têm taxas já pré-definidas e que são mais baixas, tornando esse tipo de investimento uma opção mais econômica de modo geral.
Flexibilidade
Os planos de previdência privada geralmente têm menos flexibilidade do que os títulos do Tesouro Direto. Os investidores podem ter que pagar multas ou enfrentar restrições se quiserem resgatar seus investimentos antecipadamente. Aqui também se torna necessário escolher uma gestora de qualidade, que não pratica taxas que te prendem ao plano.
Além disso, vale reforçar também que resgatar antecipadamente pode acarretar um custo alto com imposto de renda. Uma alternativa a isso é o processo de portabilidade, que permite que você migre o seu plano de previdência para outra instituição sem pagar impostos por isso.
Por outro lado, os títulos do Tesouro Direto podem ser vendidos a qualquer momento sem penalidades, apenas sendo necessário pagar o imposto de renda devido conforme a tabela regressiva.
Rentabilidade
A rentabilidade dos planos de previdência privada depende da performance dos ativos investidos pela seguradora ou banco. Portanto, é necessário um maior cuidado no momento da escolha. Ao mesmo tempo, porém, as possibilidades de ganhos podem ser maiores dependendo do plano escolhido.
Por outro lado, a taxa de rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto é conhecida no momento da compra. Com isso, você já sabe se o título renderá o valor da taxa Selic, uma taxa prefixada ou um rendimento que soma a inflação medida pelo índice IPCA somada a um prêmio pré-estabelecido.
Isso significa que os investidores terão ganhos limitados. Em contrapartida, podem escolher os títulos de forma mais assertiva para atender às suas necessidades.
Como investir pensando na aposentadoria
Independentemente da opção escolhida, é importante investir pensando no longo prazo. A aposentadoria é um objetivo de longo prazo que requer planejamento cuidadoso e investimentos consistentes ao longo dos anos, e tanto a previdência privada quanto o Tesouro Direto podem atender esse objetivo.
Para investir em previdência privada ou Tesouro Direto, os investidores devem considerar seus objetivos de investimento, tolerância ao risco e horizonte temporal. É importante diversificar a carteira de investimentos para reduzir o risco e aumentar a rentabilidade a longo prazo.
Os investidores também devem revisar regularmente sua carteira de investimentos para garantir que estejam no caminho certo para atingir seus objetivos de aposentadoria. Além disso, devem considerar o impacto da inflação em suas economias, pois a inflação pode reduzir o poder de compra ao longo do tempo.
Conclusão
Tanto a previdência privada quanto o Tesouro Direto são opções viáveis para investir na aposentadoria. Cada opção tem benefícios e desvantagens, e a escolha certa depende das necessidades individuais do investidor.
Os investidores devem considerar fatores como impostos, taxas, flexibilidade e rentabilidade ao escolher entre previdência privada ou Tesouro Direto.
Além disso, devem investir consistentemente ao longo do tempo, diversificar sua carteira de investimentos e revisá-la regularmente para garantir que estejam no caminho certo para atingir seus objetivos de aposentadoria.
Investir na aposentadoria requer planejamento e paciência, mas pode ser muito recompensador a longo prazo. Ao escolher a opção certa e investir de forma consistente, os investidores podem garantir uma aposentadoria financeiramente segura e tranquila.
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